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Sem perspectivas de emprego, 27% dos recém-diplomados querem deixar a França

O desejo crescente dos jovens franceses de partir para trabalhar no exterior, as eleições na Venezuela e uma análise crítica sobre a polêmica medida do presidente François Hollande de obrigar os políticos a tornar público seu patrimônio são os destaques da imprensa francesa deste sábado, 13 de abril.

AFP/D. Charlet
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Um em cada quatro jovens recém-diplomados na França deseja trabalhar fora do país, diz o Le Figaro em sua manchete. Essa tendência está em alta e os motivos principais são a crise econômica e a falta de perspectivas de encontrar emprego na França. A reportagem, baseada em estatísticas recentes, afirma que no caso dos engenheiros, 20% desses profissionais começam a carreira no exterior.

Esse fenômeno chamado de "fuga de cérebros" está crescendo e segundo o ministério francês das Relações Exteriores, 14% de jovens entre 18 e 25 anos escolheram o que o Le Figaro chama de "exílio profissional". A crise e o desemprego no país são os fatores principais mas, segundo o jornal, muitos jovens preferem começar a carreira no exterior porque os salários são maiores e a diferença pode chegar até 8 mil euros.

Le Monde traz em sua manchete uma análise crítica da medida do presidente francês François Hollande de exigir dos seus ministros e dos parlamantares do país a publicação de seu patrimônio. Transparência ou populismo questiona o jornal. Pela primeira vez, todo mundo vai saber o que cada membro do poder executivo tem - carros, apartamentos, joias, contas em bancos entre outros bens.

O historiador Pierre Birnbaum, especialista em populismo, disse ao Le Monde estar muito incomodado com o discurso de transparência total por causa do risco de aumentar ainda mais a desconfiança em relação aos políticos. O especialista estima que é preciso dar mais poder aos que investigam a evasão fiscal e a corrupção.

Libération envio um repórter para acompanhar as eleições deste domingo na Venezuela e constata que nem o herdeiro político de Hugo Chavez, Nicolas Maduro, nem seu adversário Henrique Caprilles, conseguem seduzir os venezuelanos. Segundo o jornal, a morte de Chavez deixou um vazio político imenso e o país vai precisar de uma nova revolução. Diante de tantos problemas como disputa de poder, insegurança total e economia em crise, o novo presidente terá muito trabalho para se afirmar e convencer, estima o Libération.

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