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casamento homossexual

Proposta de referendo é vetada no segundo dia de debate sobre casamento gay no Senado francês

Hoje foi o segundo dia consecutivo de debates no Senado francês sobre o projeto de lei que pretende autorizar o casamento homossexual. As discussões desta sexta-feira giraram em torno de um referendo popular que o partido de direita União por um Movimento Popular (UMP) insiste em aplicar. A proposta foi descartada em votação.

A ministra francesa da Justiça, Christiane Taubira, nesta quinta-feira, dia 4 de abril, discursa na seção de abertura do debate do projeto de lei que pretende autorizar o casamento homossexual.
A ministra francesa da Justiça, Christiane Taubira, nesta quinta-feira, dia 4 de abril, discursa na seção de abertura do debate do projeto de lei que pretende autorizar o casamento homossexual. REUTERS/Charles Platiau
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Os debates sobre o projeto de lei que pretende aprovar o casamento homossexual seguiram pelo segundo dia no Senado francês de maneira calma, embora a direita francesa tenha insistido na necessidade de interrogar a população através de um referendo. Em votação, a proposta foi rejeitada por 176 votos contra e 164 a favor.

A direita defendeu hoje que aceitar o casamento homossexual "é negar todo o princípio do casamento como uma instituição da união do homem e da mulher”, como argumentou o deputador da UMP, Jean-Jacques Hyest. Em resposta, o socialista Jean-Pierre Michel rebateu nenhum artigo da Constituição francesa se opõe à união ou à adoção de crianças pelos casais gays.

Já para Hugo Portelli, outro deputado da direita que se opõe ao projeto de lei, o casamento homossexual "destruirá definitivamente as uniões civis". Entretanto, para François Rebsamen, do Partido Socialista, este é um típico "argumento caricatural". "O projeto de lei não destruirá a ordem social porque nada será retirado dos casais heterossexuais", defendeu.

Os debates sobre a legalização do casamento homossexual devem prosseguir até o dia 12 ou 13 abril – data limite para a decisão final sobre a questão. Na segunda-feira, começam as análises dos artigos do projeto de lei, quando as discussões devem se acirrar.

Manifestantes voltaram a se reunir no Jardim de Luxemburgo, próximo ao prédio do Senado. A organização católica Civitas anunciou que fará neste sábado uma nova manifestação nacional contra o projeto de lei diante do Senado francês.

 

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