Berlusconi volta a propor coalizão com a esquerda italiana
O líder da direita italiana, Silvio Berlusconi, propôs nesta sexta-feira uma coalizão com a esquerda do país, de forma que a Itália possa finalmente sair do impasse que as últimas eleições legislativas geraram e formar um governo de união nacional. Em contrapartida, ele rejeita uma nova administração tecnocrata, como a conduzida pelo ex-primeiro-ministro Mario Monti até dezembro do ano passado.
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"Em nome da razão e do interesse do país, nós devemos encontrar uma saída e criar um governo juntos", declarou Berlusconi à imprensa italiana após uma reunião hoje com o presidente Giorgio Napolitano. O líder da direita completou dizendo que seu partido está pronto para encontrar as outras forças políticas e formar uma coalizão.
Berlusconi, 76 anos, acredita só a aliança com outros partidos resultará na formação de um governo. "Nossa posição é muito clara : nós pensamos que não existe outra solução", declarou.
A esquerda conseguiu uma maioria absoluta na Câmara dos Deputados nas eleições legislativas no final de fevereiro, mas não no Senado, onde os três principais partidos do país têm um peso similar.
Esquerda
Após uma reunião com o presidente italiano ontem, o líder da esquerda italiana, Pier Luigi Bersani, do Partido Democrata, anunciou que não conseguiu formar uma maioria parlamentar estável para apoiar um governo chefiado por ele. Para Bersani, uma “grande coalizão” não deve ser criada porque isso provocaria a revolta de seu eleitorado e poderia implodir seu partido.
O líder do Partido Democrata explicou ter encontrado "dificuldades que derivam de entraves e condições inaceitáveis". Na quarta-feira, ele sofreu mais uma rejeição humillhante da parte do Movimento Cinco Estrelas, do ex-humorista Beppe Grillo, que recusa qualquer colaboração.
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