No segundo ano de conflito na Síria, especialistas não vêem solução

Faz dois anos que os tiros e bombas começaram e não pararam mais na Síria. O conflito que opõe o regime do presidente Bashar al-Assad e opositores ao regime completa hoje tristes 730 dias, mas o mais grave é que não existe qualquer perspectiva de solução para o impasse. Mesmo isolado, o presidente se recusa a deixar o poder. A comunidade internacional não dá sinais de querer intervir além do pouco que já fez e os rebeldes, apesar da organização político que tentam forjar, não conseguem avançar ao ponto de derrubar o ditador nem pelas armas, muito menos pelas vias pacíficas.

Família tenta levar uma vida normal, apesar da destruição ao redor, em Deir. REUTERS/ Khalil Ashawi

Fabrice Balanche vê um futuro negro diante dos sírios. Diante de um impasse quase sem solução, a violência deve permanecer por ainda muito tempo. Reginaldo Nasser, coordenador do curso de Relações Internacionais da PUC de São Paulo, concorda que, sem um acordo internacional ou uma intervenção direta, o conflito vai perdurar. Ele ainda analisa a postura "equivocada" do Brasil sobre o confronto.