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Chávez/Morte

Jornais comentam morte de Hugo Chávez

Devido à diferença de fuso horário, a notícia da morte de Hugo Chávez chegou muito tarde para a maioria dos jornais franceses, que já estavam no prelo. Mas todos publicaram reportagens especiais sobre o presidente venezuelano em seus sites.

Capa dos jornais franceses Le Figaro e Libération e manchete do site de l'Humanité sobre a morte do presidente venezuelano Hugo Chávez, nesta quarta-feira 6 de março.
Capa dos jornais franceses Le Figaro e Libération e manchete do site de l'Humanité sobre a morte do presidente venezuelano Hugo Chávez, nesta quarta-feira 6 de março.
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Somente o conservador Le Figaro dedicou uma página à trajetória do líder venezuelano em sua edição impressa, com o título "O fim de um provocador". O diário faz um balanço bastante severo do legado de Chávez, dizendo que ele deixa um país economicamente enfraquecido, com níveis de insegurança intoleráveis.

"Um farol se apagou", diz a manchete no site do comunista L'Humanité. Mais crítico, o resumo da carreira do presidente venezuelano feito por Libération se intitula "Chávez: do golpe de estado falido aos desvios autocráticos".

Le Monde afirma que ele "se impôs como uma das grandes figuras políticas sul-americanas, misturando em um temperamento extroverso uma oposição obstinada aos Estados Unidos, um idealismo revolucionário herdado dos anos 60 e uma autoridade que suportava pouco a contradição".

Emprego

O tema dominante dos jornais franceses é o projeto de reforma do mercado de trabalho na França, analisado nesta quarta-feira pelo Conselho dos ministros. O texto torna oficial a possibilidade de exigir concessões dos trabalhadores a fim de preservar os empregos. Grandes centrais sindicais francesas convocaram nesta terça-feira protestos contra a proposta que reuniram milhares de pessoas em todo o país.

Segundo Libération, os trabalhadores estão divididos. Em seu editorial, o jornal progressista defende a proposta, dizendo que na atual situação econômica, é necessário renunciar a direitos conquistados, por um tempo limitado e de maneira consensual, a fim de manter em atividade um grande número de trabalhadores que corre o risco de perder o emprego.

L'Humanité comemora o sucesso do lançamento da campanha contra esse projeto de flexibilização do emprego. Segundo o jornal comunista, mais de 200 mil manifestantes foram às ruas ontem para protestar contra esse texto, acusado de ter sido preparado pelo sindicato patronal.

Já a manchete de Le Figaro vai na direção contrária, dizendo que a manifestação desta terça-feira foi um fracasso que reuniu somente algumas dezenas de milhares de pessoas. O diário conservador afirma em seu editorial que esse projeto para garantir a manutenção dos empregos é apenas um primeiro passo para restaurar a competitividade da França. Para ir mais longe, será preciso criar empregos, e não apenas salvá-los. Le Figaro aponta algumas medidas necessárias para alcançar esse objetivo, entre elas acabar com a semana de trabalho de 35 horas e flexibilizar os contratos de trabalho.

O diário publica ainda um perfil de dom Odilo Scherer, dizendo que ele seria uma boa escolha para dar um novo ânimo ao catolicismo no Brasil, em plena crise devido à concorrência das igrejas evangélicas. Le Figaro destaca que o cardeal brasileiro é conservador e hostil à teologia da Libertação, assim como seus predecessores, João Paulo 2° e Bento 16.

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