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Irã/ Nuclear

Começa nova rodada de negociações sobre programa nuclear iraniano

Após um intervalo de oito meses, as negociações sobre o programa nuclear iraniano foram retomadas nesta terça-feira na cidade de Almaty, capital do Cazaquistão. Representantes do Irã e das maiores potências mundiais se reúnem para tentar sair do impasse e diminuir o risco de uma nova guerra no Oriente Médio.

O Irã e as grandes potências do grupo 5+1 começam nova rodada de negociações no Cazaquistão.
O Irã e as grandes potências do grupo 5+1 começam nova rodada de negociações no Cazaquistão. REUTERS/Ilyas Omarov/Pool
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Samy Adghirni, correspondente da Folha de São Paulo em Teerã, em especial para a RFI

As expectativas para a reunião aumentaram nos últimos dias depois que as potências prometeram suspender algumas sanções se o Irã atender as principais exigências. As delegações chegaram na noite de segunda-feira ao Cazaquistão.

De um lado os negociadores nucleares do Irã, do outro, representantes da União Europeia que negociam em nome de China, Rússia, Reino Unido, França e Estados Unidos além da Alemanha. As negociações estavam paradas desde junho por causa da campanha presidencial americana. Com a reeleição de Barack Obama, os EUA já podem retomar o dossiê iraniano.

Para romper o impasse, as potências dizem ter preparado uma boa proposta. Não está claro qual o conteúdo, mas existe a possibilidade de que seja oferecida a suspensão de algumas das sanções econômicas contra Teerã. Umas das alternativas seria permitir que o Irã voltasse a receber pagamentos em ouro por suas exportações de petróleo.

Em contrapartida, as potências exigem três coisas, que o Irã diminua o grau de enriquecimento de urânio para menos de 20%, que mande para o exterior seu urânio enriquecido e que pare de usar uma central nuclear construída debaixo de uma montanha.

Caso o Irã rejeite a oferta, as potências ameaçam impor novas sanções. Mas o Irã já deixou claro que esses pedidos são excessivos e injustos. Teerã nega querer a bomba atômica e alega que os tratados internacionais lhe garantem o direito de enriquecer urânio a 20% para produzir remédios e energia elétrica.

O Irã diz que só negocia se as potências levantarem as maiores sanções e reconhecerem a natureza pacífica de seu programa nuclear. Ou seja, as chances de acordo no Cazaquistão são muito baixas. Além disso, o Irã está às vésperas da eleição presidencial de junho e dificilmente fará concessões até lá.
 

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