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Egito

Senado egípcio ratifica lei para ampliar poder das forças armadas

O Senado do Egito ratificou hoje a lei para ampliar os poderes do exército no país. O texto autoriza o presidente, Mohamed Mursi, a mobilizar o exército nas ruas para reforçar a manutenção da ordem junto com a polícia.

Polícia egípcia persegue manifestante que participava de protestos contra o presidente Mohamed Mursi no Cairo.
Polícia egípcia persegue manifestante que participava de protestos contra o presidente Mohamed Mursi no Cairo. REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
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O projeto de lei vai dar ao exército egípcio a missão de “apoiar a polícia, manter a ordem e a proteger instalações vitais até o final das eleições parlamentares e sempre que o Conselho Nacional de Segurança [presidido por Mohamed Mursi] precisar". O exército  “terá poderes para prender conforme a lei”, diz o texto. O ministro da Defesa também poderá determinar as missões dos efetivos do exército e os locais nos quais as forças armadas poderão intervir.

A nova legislação é mais uma decisão que mostra o endurecimento do atual governo egípcio. Depois da queda de Hosni Mubarak em fevereiro de 2011, o exército comandou o país e mantém um peso considerável no Parlamento mesmo após a eleição de Mursi.

Ontem, o presidente egípcio decretou estado de emergência nas cidades de Porto Saïd, Suez e Ismailiya por um prazo de 30 dias. Entre 21h e 6h, vai vigorar um toque de recolher. O presidente egípcio anunciou as medidas na televisão depois de protestos violentos no final de semana.

O presidente afirmou que as medidas eram uma resposta à onda de violência que no final de semana, deixou 37 mortos em Porto Said durante protestos pela condenação à pena de morte anunciada contra 21 torcedores do clube Al Ahly. Eles foram responsabilizados pela violência no estádio de futebol que resultou em 74 mortos em 2012.

Diante da guinada autoritária do governo, o principal nome da oposição egípcia, Mohamed ElBaradei , declarou que não é possível conversar com o governo. “Não vamos participar de um diílogo vazio e sem conteúdo”, afirmou.
 

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