Violência marca segundo aniversário de revolução que derrubou Mubarak
Segundo os serviços de segurança, mais de 100 pessoas ficaram feridas em no país. A polícia egípcia usou gás lacrimogêneo contra manifestantes no Cairo, Alexandria (norte) e Suez (noroeste), durante os protestos por ocasião do segundo aniversário da revolta contra Hosni Mubarak, que governou o país com mão de ferro durante mais de 30 anos.
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Pelo menos 91 civis e 42 integrantes das forças de segurança ficaram feridos nessas três cidades, segundo um levantamento do ministério do Interior.
Na Praça Tahrir, milhares de manifestantes protestaram contra o regime do novo presidente, Mohamed Mursi, ligado aos extremistas do grupo Irmandade Muçulmana.A oposição, composta por formada por movimentos de esquerda e liberais, convocou as manifestações. Confrontos também foram registrados em Alexandria, segunda maior cidade do Egito, entre a polícia e manifestantes.
A sede local da Irmandade Muçulmana, na cidade de Ismaïliya, no canal de Suez, foi incendiada por manifestantes hostis ao regime, indicou um correspondente da AFP. Em Suez, próximo a entrada sul do canal de mesmo nome, manifestantes lançaram pedras contra a sede do governo local. A polícia também respondeu com gás lacrimogêneo.
Dois anos após o terremoto político da revolta, o país ainda luta para encontrar um equilíbrio entre um poder que conta com o aval das urnas e seus adversários, que condenam o surgimento de um sistema autoritário dominado pela Irmandade Muçulmana.
O país também enfrenta uma grave crise econômica, com a queda dos investimentos estrangeiros, a queda no turismo e um déficit orçamentário que voltou a aumentar.
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