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Imprensa

Imprensa tem grandes expectativas sobre a reforma do mercado de trabalho francês

Os jornais de hoje dão destaque à retomada de negociações entre os principais sindicatos de trabalhadores e empresários franceses, com o objetivo de fechar um acordo de flexibilização do mercado de trabalho.

Capas dos jornais franceses Le Figaro e L'Humanité desta quinta-feira, (10).
Capas dos jornais franceses Le Figaro e L'Humanité desta quinta-feira, (10). l'humanite/lefigaro
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Os trabalhadores exigem seguro-saúde universal, a taxação dos contratos de até 2 anos de duração e restrições aos contratos de meio período em certos setores, que tornam impossível para o trabalhador ter um segundo emprego e são mal remunerados.

Já os patrões querem mais flexibilidade para empregar e demitir, principalmente reformando as leis consideradas muito rígidas de proteção dos trabalhadores.

O jornal progressista Libération acha que o acordo vai sair, mas assinado por apenas três das cinco centrais sindicais francesas, justamente as mais reformistas. O diário explica que as negociações estão bloqueadas nos chamados contratos de curta duração, que os trabalhadores querem "encarecer" para que os empresários não os utilizem no lugar dos contratos de duração indeterminada, mais protetores do emprego.

O jornal comunista L'Humanité diz que os trabalhadores estão na reta final e devem resistir às exigências do Medef, a maior entidade empresarial francesa, que não abre mão da flexibilidade de contratações nos períodos em que as empresas tiverem uma queda de demanda.

O conservador Le Figaro diz que empresários e sindicatos tem dois dias para adaptar o mercado de trabalho francês às exigências do século 21. O jornal defende uma ampla reforma de flexibilização dos contratos, considerando que elas são necessárias à competitividade da indústria francesa.

Le Figaro cita o caso da Renault, que não esperou o resultado das negociações para propor um acordo setorial com seus trabalhadores. O presidente da Renault, Carlos Ghosn, tenta diminuir o número de dias não trabalhados nas várias unidades da empresa, devido à jornada de 35 horas semanais, dos atuais 30 dias de folgas remuneradas para apenas 10 dias.

O econômico Les Echos também acha que uma modernização das regras é absolutamente necessária.
 

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