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Violência/Índia

Grupo de 600 guitarristas homenageia estudante estuprada na Índia

Na índia, um grupo de 600 guitarristas homenageu a estudante de 23 anos que morreu no último sábado, depois de ter sido estuprada, espancada e atirada de um ônibus em movimento por um grupo de seis homens. Três semanas depois deste crime brutal, os músicos tocaram o clássico "Imagine", de John Lennon, durante o festival de música da cidade de Darjeeling, no Leste do país.

Protesto em Nova Délhi: clamor popular levou a julgamento em tempo recorde
Protesto em Nova Délhi: clamor popular levou a julgamento em tempo recorde Reuters/Adnan Abidi
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De acordo com um dos organizadores do festival, eles escolheram esta música por ser um símbolo de paz e esperança e que suscita esperança. A homenagem é um gesto de apoio à família da vítima.

A brutalidade do crime provocou uma série de protestos nas últimas semanas contra a impunidade nos casos de agressões sexuais a mulheres. No começo desta semana, a ONU alertou para a natureza epidêmica deste tipo de violência na índia e cobrou medidas efetivas das autoridades. A organização destacou no entanto que a pena de morte, exigida inclusive pela família da jovem assassinada, não é uma solução.

Indiciamento
Nesta quinta-feira, cinco dos seis acusados do estupro coletivo da estudante compareceram pela primeira vez diante da Justiça, em um tribunal especial no sul de Nova Délhi. Eles foram oficialmente indiciados e podem ser condenados à pena de morte se forem considerados culpados.

Na audiência se apresentaram cinco adultos de 19 a 35 anos envolvidos no crime. Eles receberam uma cópia do relatório policial de mil páginas, que reúne provas de suas participações. O documento se apoia no depoimento de cerca de 30 testemunhas, entre elas o namorado da jovem, que foi espancado com barra de ferro e jogado para fora do ônibus, e a principal vítima que foi ouvida pela polícia antes de morrer em um hospital de Cingapura.

A próxima audiência está marcada para este sábado. A rapidez do julgamento do caso é um fato excepcional causado pela comoção popular, já que, no país, esse tipo de processo normalmente leva anos para ser julgado. As autoridades aguardam os resultados de análises ósseas para determinar a idade exata de um sexto acusado, apresentado como tendo 17 anos, para decidir se ele será julgado por um tribunal comum ou para adolescentes.

 

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