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Imprensa francesa

Montadoras francesas sofrem grande desvalorização no mercado

A valorização das marcas de fabricantes de carros nas bolsas de valores mundiais, a volta da japonesa Toyota como número 1 do setor automobilístico e a revelação de que empresas francesas assinaram em segredo um acordo com os chineses para desenvolver a energia nuclear na China são os destaques desta quinta-feira da imprensa.

A empresa japonesa Toyota lançou nesta terça-feira a nova geração do Crown, modelo de luxo da marca.
A empresa japonesa Toyota lançou nesta terça-feira a nova geração do Crown, modelo de luxo da marca. REUTERS/Yuriko Nakao
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A nova geografia do setor automobilístico mundial. Com esse título estampado em sua manchete, o jornal econômico Les Echos revela quais são as fabricantes que mais foram valorizadas e as que mais perderam o interesse dos investidores no mercado de ações. A comparação foi feita entre 2007 e 2012. Nesse período, informa o jornal, a capitalização dos dez principais grupos voltou a um nível anterior à da crise e isso graças principalmente às marcas alemãs como Volkswagen e BMW.

A Volkswagen, por exemplo, tinha uma capitalização de pouco mais de 55 bilhões de euros em 2007. Atualmente, vale cerca de 77 bilhões. A sul coreana Hyundai surpreendeu e quase triplicou seu valor de mercado em 5 anos. Passou de 13 bilhões para 34,6 bilhões de euros. Já as francesas Renault, PSA e a italiana Fiat, deixaram de ser interessantes para os investidores. A PSA teve sua valorização dividida por 6, passando de 12 bilhões em 2007 para apenas 2 bilhões em 2012.

Número 1

O Le Figaro destaca a volta por cima da empresa Toyota que prevê vender 9,7 milhões de carros em 2012. Se as estimativas se confirmarem, escreve o jornal, a montadora japonesa vai recuperar o posto de número 1 do mundo, e superar a americana General Motors. O volume de vendas este ano deverá ser 22% maior do que em 2011, ano em que o Japão foi fortemente atingido por uma tsunami, lembra o Le Figaro. O dinamismo de venda nos Estados Unidos e a força do governo japonês que estimulou a compra de carros ajudaram a Toyota a decolar, estima o jornal conservador.

Nuclear

O jornal Libération denuncia em sua edição de hoje um acordo secreto envolvendo empresas francesas e o governo de Pequim para desenvolver um reator nuclear na China. O texto desse compromisso que associa os grupos franceses Areva, de energia nuclear, e EDF de eletricidade, ao gigante chinês de energia CGNPC nunca se tornou público, acusa o jornal. A reportagem do Libé lembra que o projeto dessa aproximação começou em 2010 e já foi questionado várias vezes pelo Conselho encarregado de vigiar as atividades de empresas públicas francesas. Mas em outubro o governo de François Hollande deu o sinal verde para uma nova versão do projeto que é mantido como segredo de estado. Em editorial, o Libé lamenta esse culto do segredo em um setor, que por provocar tanto temor após tragédias como a de Fukushima e Tchernobyl, deveria ser exemplar e transparente.
 

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