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Palestina/ ONU

Abbas é esperado com festa na Palestina, após decisão da ONU

O presidente palestino Mahmoud Abbas é esperado como herói em Ramallah, após ter obtido, em Nova York na quinta-feira, o reconhecimento da ONU para tornar a Palestina um Estado observador não-membro. As celebrações devem começar ao meio dia de domingo, segundo um comunicado da presidência palestina.

O presidente palestino Mahmoud Abbas discursa na assembleia geral da ONU, na quinta-feira (29).
O presidente palestino Mahmoud Abbas discursa na assembleia geral da ONU, na quinta-feira (29). REUTERS
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Abbas deve chegar em Mouqataa, sede da presidência da Autoridade Palestina em Ramallah, no começo da tarde e pronunciar um discurso. Ele chegou a Amã na tarde de sábado, onde deve passar a noite.

Na quinta-feira, a assembleia geral da ONU aprovou uma resolução que reconhece a Palestina como Estado observador, apesar da oposição dos Estados Unidos e Israel.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reagiu na sexta-feira anunciando sua intenção de construir 3.000 novas casas na Cisjordânia e no leste de Jerusalém. Em novembro de 2011, Israel acelerou a construção nas colônias da região, depois que a Palestina foi reconhecida como membro pleno da Unesco.

Reações internacionais

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, pediu às autoridades israelenses, neste sábado, que “se abstenham” do projeto de construção de 3.000 casas nas colônias do leste de Jerusalém e na Cisjordânia.

“Se a decisão se confirmar, será grave. Constituirá um sério obstáculo para a solução de dois Estados, ameaçando a continuidade territorial de um futuro Estado palestino. Ela vai minar a confiança necessária para a retomada do diálogo”, sublinhou Fabius.

O jornal israelense Haaretz, afirmou na sexta-feira que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou a continuação das construções na zona E1, entre Maalé Adoumim e Jerusalém. Parado há anos devido à pressão americana, o projeto controvertido tem o objetivo de ligar a colônia de Maalé Adoumim, na Cisjordânia, aos bairros da colonização do leste de Jerusalém.

Os palestinos denunciam o projeto que cortaria praticamente em duas partes a Cisjordânia, comprometendo a viabilidade de um Estado palestino. A chefe da diplomacia americana Hillary Clinton condenou, na noite de sexta-feira, o projeto israelense afirmando que “ele fazia recuar o processo de paz” com os palestinos. Londres também pediu a Israel que renuncie ao projeto.
 

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