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Imprensa

Obama venceu o desafio que derrubou vários líderes europeus, destaca a imprensa

Em seu editorial na internet, o jornal Libération enfatiza que Obama conseguiu vencer um desafio no qual outros líderes europeus como Sarkozy, Berlusconi, Zapatero e Brown fracassaram: se reeleger em meio a uma crise econômica de grande porte. "Os americanos preferiram o balanço, ainda que imperfeito, e os projetos, ainda que incertos, do atual presidente à economia aventureira de seus adversários republicanos", afirma o jornal progressista. Libération lembra, no entanto, que Obama está longe das esperanças que ele havia suscitado há quatro anos. "A ele, livre de qualquer preocupação eleitoral, de demonstrar que pode ainda mudar e mudar seu país", conclui o editorial.

Capa do jornal francês Le Monde desta quarta-feira, (07)
Capa do jornal francês Le Monde desta quarta-feira, (07) lemonde.fr
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"A América oferece mais quatro anos a Barack Obama", diz a manchete do site do jornal Le Figaro. Para Pierre-Rousselin, diretor-adjunto da redação do diário conservador, o presidente reeleito deverá contar nesse segundo mandato com maior cooperação dos republicanos que controlam o Congresso.

"O que representa a reeleição de Obama?", indagava nas primeiras horas da manhã o site do Le Monde. Vincent Michelot, especialista da história política dos Estados Unidos, respondia online às questões dos internautas.

Em sua edição impressa, a única a ter chegado às bancas com o resultado da votação, Le Monde destaca uma frase do discurso da vitória procunciado pelo democrata em Chicago: "o melhor ainda está por vir". Em seu editorial, o jornal diz que depois da batalha democratas e republicanos estão condenados a trabalhar em conjunto para o bem dos Estados Unidos e do mundo. Como fez o Libération, Le Monde também compara a proeza de Obama com as recentes derrotas de vários líderes europeus que tiveram suas ambições políticas confiscadas pelos efeitos da crise financeira mundial.

Le Monde lembra que Obama tem até o dia 31 de dezembro para encontrar um acordo com os republicanos sobre o financiamento do déficit orçamentário dos Estados Unidos. Caso contrário, "o orçamento federal sofrerá cortes automáuticos e haverá um aumento de impostos da ordem de US$ 600 bilhões". Nesse cenário, todo o esforço feito até agora para a retomada da economia americana e do crescimento mundial virá abaixo.

Pela análise do Le Monde, o Partido Republicano perdeu a Casa Branca porque os americanos sancionaram as posições integristas do Tea Party, que acabaram prejudicando Mitt Romney apesar do perfil centrista do candidato. Os eleitores também condenaram nas urnas a obstrução sistemática dos republicanos aos projetos de Obama no Congresso. Essa estratégia fracassou, resume o Le Monde, estimando que no próximo mandato Obama deve enfrentar menos obstáculos para governar com a oposição.
 

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