O mundo está acompanhando o drama dos nova-iorquinos que vivem num cenário pós-guerra, após a passagem do furacão Sandy na última segunda-feira. Mas pouco se tem falado dos estragos que a supertempestade provocou no Caribe, principalmente no Haiti, que nem conseguiu ainda se recuperar de um violento terremoto em janeiro de 2010. Aos 350 mil desabrigados do tremor, juntam-se agora entre 10 e 15 mil pessoas. O número oficial de mortos é de 54, além de 21 desaparecidos.
O tenenete-coronel Marcos Santos, porta-voz militar da Minustah (Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti) conta que os capacetes azuis da ONU já tem um plano de trabalho para os desastres naturais, combinado entre a Minustah e o governo local.
Este planejamento permite que alimentos e remédios cheguem às regiões afetadas pela catástrofe, além de comensurar os estragos e traçar estratégias de redução dos danos. Santos conta à reportagem como foi a atuação das forças de paz durante a tempestade e os problemas que eles enfrentam agora, depois da passagem de Sandy.
Para o chefe do OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários) no Haiti, Johan Peleman, a maior dificuldade agora é lidar com a destruição de plantações. "O norte já havia sido atingido pelo terremoto e o sul é uma região de camponeses. A maioria estava apenas começando suas colheitas". Ou seja, nos próximos meses, o Haiti pode sofrer uma nova crise alimentar.
Ouça neste programa a íntegra das entrevistas de Teleman e Santos.
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