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Síria

Mais de 500 pessoas morrem durante cessar-fogo na Síria

O cessar-fogo na Síria terminou na noite de ontem marcado por um grande fracasso: pelo menos 500 mortos em quatro dias da trégua não respeitada. Ontem, a força aérea síria realizou os piores bombardeios desde que entrou em ação contra os rebeldes há três meses.

Habitantes de Erbeen, ao sul de Damasco, procuram por vítimas após bomberdeio do exército.
Habitantes de Erbeen, ao sul de Damasco, procuram por vítimas após bomberdeio do exército. REUTERS/Maawia Al-Naser
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Pelo menos 500 pessoas morreram durante os quatro dias do cessar-fogo não respeitado. O primeiro-ministro do Catar, Hamad Al-Thani, disse hoje que o conflito na Síria não é mais uma guerra civil, mas, sim uma guerra de exterminação do povo sírio com a cumplicidade da comunidade internacional. O dirigente cobrou uma solução do Conselho de Segurança da ONU para controlar a violência do regime do presidente Bashar al-Assad.

Depois de visitar a Rússia, o mediador internacional Lakhdar Brahimi vai à China, um dos dois principais aliados do regime. Brahimi, porém, parece não ter grandes esperanças de superar o entrave diplomático. A Turquia anunciou hoje que não vai dialogar com o regime sírio que continuou a “massacrar o seu próprio povo" durante o Aid el Kabir (festa do sacrifício), uma das principais festas religiosas do calendário religioso muçulmano. Lakhdar Brahimi, emissário especial da ONU para o conflito sírio, havia solicitado uma trégua dos combates durante a festa, mas seu pedido foi ignorado.

Para o chanceler turco, Ahmet Davutoglu, o desrespeito à trégua é inaceitável e representa um forte obstáculo para o avanço de negociações de paz com o governo sírio. “Não faz sentido negociar com um regime que cometeu um massacre contra o seu próprio povo durante a festa do sacrifício”, declarou o chanceler turco em uma entrevista coletiva nesta terça. Ele acrescentou ainda que seu governo não irá apoiar nenhuma iniciatiava “que possa dar qualquer legitimidade ao regime em vigor”.

Na capital síria Damasco, rebeldes e palestinos pró-al-Assad e forças do exército travaram combates violentos em Yarmouk, um campo de refugiados no sul da capital. O campo abriga 148.500 refugiados palestinos.

 

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