Grécia promove nova greve geral contra a austeridade

Pela segunda vez em três semanas, os gregos realizam nesta quinta-feira uma nova greve geral para protestar contra as novas medidas de austeridade exigidas pelos credores do país em troca do desbloqueio de uma nova parcela da ajuda internacional. O objetivo é mostrar aos dirigentes europeus reunidos hoje para a Cúpula de Bruxelas, na Bélgica, que um novo corte nos salários e aposentadorias só poderia piorar as condições da população, após cinco anos de recessão.

Manifestantes gregos marcham durante o dia de greve geral na Grécia contra as medidas de austeridade no país. REUTERS/Yorgos Karahalis

Depois de vários meses de complicadas negociações, a Grécia e a “troika” de credores – o Fundo Monetário Internacional (FMI), a União Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) – se aproximaram de um acordo ontem sobre um plano de austeridade para economizar 11,5 bilhões de euros e de mais reformas a serem aplicadas. Em troca, o desbloqueio da parcela de 31,5 bilhões de euros para Atenas deve acontecer no próximo mês.

Cinco protestos contra esta redução drástica das despesas sociais e do setor da saúde estão previstos para esta quinta-feira. Os manifestantes se reúnem na praça Syntagma, diante do parlamento grego. Proprietários de bancas de jornal, advogados, taxistas e controladores aéreos também participam das manifestações. Cerca de 4 mil policiais foram mobilizados para manter a ordem nas ruas de Atenas.

Após o anúncio da paralisação pelos dois principais sindicatos do país, as ruas da capital Atenas amanheceram desertas. O transporte público está muito perturbado e os hospitais estão garantindo somente o serviço mínimo. As repartições públicas, os ministérios e muitas atividades comerciais estão com as portas fechadas.