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Síria/ONU

Juíza Carla Del Ponte é nomeada para investigar crimes na Síria

O Conselho dos Direitos Humanos da ONU votou nesta sexta-feira, em Genebra, uma resolução que condena as violências cometidas pelas forças do regime sírio e prolongou por seis meses o mandato da comissão independente de inquérito sobre os crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos no país. A juíza suíça Carla Del Ponte foi escolhida para chefiar a comissão.

Carla Del Ponte vai ser comissária da ONU para investigar crimes na Síria.
Carla Del Ponte vai ser comissária da ONU para investigar crimes na Síria. Reuters
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Sem surpresa, três países votaram contra a prolongação da missão da comissão que investiga crimes na Síria: Rússia, China e Cuba. Mas a indicação da famosa juíza Carla Del Ponte, especialista na caça a criminosos de guerra, mostra a determinação da ONU em encontrar a verdade. Del Ponte vai trabalhar ao lado do ex-relator especial da ONU para a Coreia do Sul, Vivit Muntarbhorn.

Carla Del Ponte esteve oito anos à frente do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia, sendo responsável pela prisão do ex-presidente sérvio Slobodan Milosevic.

Violência extrema

Hoje, em Alepo, no norte do país, aconteceram os combates mais violentos entre forças do poder e rebeldes. Vinte e cinco soldados morreram no bairro de Salaheddine, bastião da oposição, onde as tropas do poder recuaram por falta de munição.

Na capital Damasco, os partidários de Bachar al-Assad atacaram os bairros de Barzé, Qaboun et Jobar e pelo menos 65 pessoas morreram.

ONU e Síria 

Os Estados Unidos decidiram aproveitar a Assembleia Geral da ONU, nesta sexta-feira, para organizar uma reunião do grupo dos "Amigos do povo sírio". Cerca de 20 países participam do encontro paralelo. A reunião é uma oportunidade para a oposição síria pedir novamente mais apoio da comunidade internacional para enfrentar as forças do regime do presidente Bashar al-Assad.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, anunciou que Washington deve enviar uma nova ajuda humanitária de 45 milhões de dólares para a oposição síria.

Os Estados Unidos rejeitam a ideia de qualquer tipo de ajuda militar direta e rejeitam uma possível intervenção armada na Síria. No entanto, os norte-americanos já contribuíram com 25 milhões de dólares em equipamentos de comunicação e de formação para os opositores. Washington também enviou no início do mês mais de 100 milhões de dólares em assistência humanitária para os países vizinhos da Síria, que recebem diariamente milhares de refugiados que tentam escapar da violência dos confrontos.
 

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