Exército Sírio Livre ataca sede das Forças Armadas em Damasco
Duas fortes explosões foram ouvidas esta manhã perto do edifício-sede do Estado Maior das Forças Armadas, no centro de Damasco. Logo depois dos atentados a bomba, reivindicados pelos rebeldes do Exército Sírio Livre, houve intenso tiroteio no interior do prédio. O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) afirmou que houve dezenas de mortos dos dois lados, mas não divulgou números.
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Apesar de minimizar o ataque, o regime de Bashar al-Assad, admitiu que quatro guardas encarregados da segurança do prédio morreram. Ainda de acordo com as fontes oficiais, 14 pessoas, entre civis e militares, ficaram feridas. O governo atribui os atentados a dois terroristas suicidas, que conduziam carros-bomba. Um deles detonou os explosivos na entrada do edifício e o outro conseguiu penetrar o local antes da explosão.
De acordo com habitantes de Damasco, várias ruas do centro da capital foram bloqueadas. "As explosões fizeram muito barulho. Elas sacudiram a cidade inteira e, na nossa casa, os vidros tremeram", declarou um morador. "Vimos uma fumaça negra subir do prédio do Estado-Maior", completou.
Um correspondente do canal iraniano de televisão Press TV foi morto por um franco-atirador, enquanto cobria as explosões. Um editor libanês da tevê Al-Alam, também iraniana, foi ferido. No ar, o apresentador da Press TV Bardia Honardar afirmou que a equipe de cobertura foi atacada por rebeldes. As duas empresas são financiadas pelo governo Mahmoud Ahmadinejad, aliado de Al-Assad.
Série de atentados
Em 18 de julho, um ataque a bomba contra o prédio da Segurança Nacional matou vários funcionários de alto escalão do governo sírio. Entre eles, o cunhado de Bashar al-Assad e os ministros da defesa e do interior. Na última terça-feira, insurgentes sírios explodiram bombas em um prédio de Damasco ocupado por milícias pró-governo.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, mais de 27 mil pessoas morreram na Síria, desde o início dos conflitos entre rebeldes e forças do regime Bashar al-Assad, em março de 2011.
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