Egito lança ataque aéreo no Sinai e fecha túneis de acesso a Gaza
No Egito, pelo menos 20 pessoas morreram em um ataque aéreo das forças governamentais na região do Sinai. Segundo os militares e testemunhas, as vítimas seriam ativistas islâmicos.
Publicado em: Modificado em:
A operação lançada pelo exército egípcio na região do Sinai foi a maior em 30 anos. Para o Egito, "vingar" a morte dos 16 guardas egípcios de fronteira assassinados nesta semana por extremistas islâmicos era uma questão crucial. O presidente do Egito, Mohamed Morsi, afirmou que o controle da região, que tem servido de refúgio para organizações terroristas, é uma das prioridades da segurança do seu governo.
A agência oficial de informações egípcias não citou o uso de helicópteros nos ataques e limitou-se a relatar que os “terroristas lançaram projéteis contra os aparelhos [do exército egípcio]”. Segundo o órgão, as forças terrestres do exército egípcio também enfrentaram membros de organizações terroristas, mas não revelou o número de vítimas.
A iniciativa egípcia foi saudada por Israel que pode vir a cooperar com os serviços de inteligência egípcios na luta contra o terrorismo na região. No momento, porém, Israel permanece discreto sobre a aproximação com o Egito. “É melhor que esses contatos não sejam públicos”, declarou o ministro da Defesa israelense Amos Gilad.
Além dos ataques aéreos, a ofensiva egípcia também se concentra na fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza. Segundo testemunhas, o Egito começou a fechar ontem a rede de túneis que dá acesso à Faixa de Gaza. Os túneis clandestinos servem para transportar alimentos, remédios e combustíveis para os palestinos de Gaza, mas também são usados operações de contrabando, acusam os governos de Israel e do Egito. Segundo autoridades palestinas, existem centenas de túneis na localidade fronteiriça de Rafah.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro