A coalizão liberal "Alianças de Forças Nacionais", do líder Mahmoud Djibril, de tendência moderada, deve ser proclamada, a qualquer momento, a vencedora das eleições parlamentares realizadas no último sábado, na Líbia. Contrariando a corrente política das revoluções da Primavera Árabe, em que partidos islâmicos foram eleitos na Tunísia e no Egito, a Líbia pode abrir uma nova página optando por uma maioria moderada. O jornalista Andrei Netto, enviado do jornal "O Estado de São Paulo" a Trípoli, em colaboração especial para RFI, conta que há euforia nas ruas com a possibilidade do retorno da democracia.A vitória do partido moderado pode levar 120 parlamentares a uma câmera de 200 deputados, o que representaria uma maioria absoluta. Andrei Netto analisa que o termo liberal é quase um tabu no mundo árabe e que a Aliança é uma coalizão de quase 40 partidos, formados por empresários, acadêmicos e intelectuais. Para não despertar rejeição e não estimular o discurso da oposição, esses políticos hesitam em utilizar o termo "liberal" e se designam como moderados.
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