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Imprensa francesa

Debate sobre questões sociais entre governo, sindicato e patrões na França provoca expectativas

O encontro entre o governo e os líderes de cinco grandes sindicatos e de três organizações patronais ocupa as manchetes dos principais jornais do país nesta segunda-feira. Essa "conferência social", como é chamada pela imprensa francesa, acontece segunda e terça-feira com o objetivo de definir uma agenda para as grandes reformas sociais que François Hollande pretende realizar.

O presidente francês, François Hollande, durante a abertura da conferência social entre governo, sindicato e patrões, nesta segunda-feira, em Paris.
O presidente francês, François Hollande, durante a abertura da conferência social entre governo, sindicato e patrões, nesta segunda-feira, em Paris. REUTERS/Kenzo Tribouillard/Pool
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Segundo Libération, esse encontro não deve render medidas concretas, mas sim um calendário e um programa de trabalho para o governo na área social. O jornal progressista enumera os cinco principais problemas da França nesse campo. A primeira preocupação é um mercado de trabalho deprimido, com um índice de 9,6% de desemprego, que atinge sobretudo jovens e sêniors. Junte-se a isto uma indústria em constante declínio, desigualdades persistentes entre homens e mulheres e a desorganização da formação profissional. O último desafio é estabelecer uma democracia social baseada no diálogo entre governo, trabalhadores e patrões, algo que segundo Libération não acontecia durante o mandato do ex-presidente Nicolas Sarkozy.

Em seu editorial, Le Figaro afirma que a França é o país menos adequado à "cultura do compromisso" que François Hollande quer instalar entre os parceiros sociais. O jornal conservador diz que os sindicatos franceses não costumam abrir mão de suas posições e considera que será muito difícil estabelecer um diagnóstico comum sobre a crise e fazer com que todos cheguem a um acordo sobre as soluções.

Segundo Le Figaro, as duas questões que devem provocar mais discórdia são o aumento da competitividade das empresas, o que implicaria a reforma do Código do Trabalho, e o número de funcionários públicos. O jornal também pede medidas urgentes contra o aumento do desemprego e critica o ritmo das discussões previstas pelo governo, considerado lento demais.

O diário econômico Les Echos detalha os sete eixos temáticos em debate: o emprego, a formação profissional, a remuneração e o poder aquisitivo, o resgate da indústria nacional, a igualdade entre homens e mulheres e a qualidade de vida no trabalho, o futuro das aposentadorias e o financiamento da proteção social e a reforma dos empregos públicos.

"Sete oportunidades para um reforma social", diz a manchete do jornal católico La Croix, que também aborda as reuniões entre governo e parceiros sociais. Já o comunista L'Humanité entrevista responsáveis das principais organizações sindicais francesas para saber o que eles esperam desses debates.

 

 

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