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Líbia/Eleições

Líbios votam para formar assembleia constituinte

Quase um ano após a queda do ex-ditador Muammar Kadhafi, termina nesta quinta-feira na Líbia a campanha para a eleição de uma assembleia nacional constituinte. Os líbios são convocados a eleger no sábado, 200 deputados para substituir o Conselho Nacional de Transição (CNT).

Líbio cola cartazes de Ali Kulaish, candidato às eleições parlamentares em Benghazi, nesta quarta-feira.
Líbio cola cartazes de Ali Kulaish, candidato às eleições parlamentares em Benghazi, nesta quarta-feira. REUTERS/Esam Al-Fetori
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O novo parlamento será encarregado de redigir um projeto de Constituição que será submetido a referendo. Estas são as primeiras eleições realizadas no país desde a queda de Muamar Kadhafi há quase um ano.

Os candidatos, muitos ex-exilados políticos desconhecidos do público, não pouparam esforços numa campanha relâmpago que só durou 18 dias. A capital, Trípoli foi invadida por cartazes e santinhos. A Comissão eleitoral líbia também publicou guias que explicam como votar.

Mas todos os esforços não parecem ter sido suficientes para que os líbios se familiarizassem com o processo eleitoral. Depois de 40 anos de ditadura, muitos não sabem nem como nem em quem votar. A Comissão eleitoral responsabiliza a imprensa pela pouca sensibilização dos eleitores.

Nos últimos meses, ameaças de boicote e sabotagem no Leste do país e violentos enfrentamentos no oeste e no deserto líbio colocaram em risco o processo eleitoral.

O novo poder terá que enfrentar velhos problemas. A Anistia Internacional publicou um relatório sobre as violações massivas dos direitos humanos no país. As milícias revolucionárias são acusadas de detenção arbitrária e tortura. Segundo o documento é impossível saber o número de pessoas detidas.

As milícias revolucionárias beneficiam de imunidade decretada em fevereiro pelas autoridades líbias.
 

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