ONU quer mais proteção para jornalistas
Dois relatores especiais da ONU fizeram um apelo nesta quarta-feira diante do Conselho dos Direitos Humanos, reunido em Genebra, Suíça, por uma melhor proteção a jornalistas. A cada ano, cada vez mais jornalistas perdem a vida.
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Em dois relatórios separados, os especialistas da ONU pela liberdade de expressão, Frank La Rue, e sobre execuções sumárias, Christof Heyns, denunciam a falta de vontade política de alguns países para aplicar as leis existentes.
Nos cinco primeiros meses de 2012, 65 jornalistas morreram no mundo, de acordo com a agência suíça ATS. Isso significa um aumento de cerca de 50% em relação ao mesmo período do ano passado. Desses, pelo menos 15 foram mortos na Síria, sete no México e seis na Somália. Muitos outros foram atacados ou estão presos.
Os relatores da ONU pediram a elaboração de uma declaração sobre a proteção dos jornalistas, comparável ao documento das Nações Unidas sobre os direitos dos defensores dos direitos humanos ou sobre os direitos dos povos indígenas.
Frank La Rue destacou a necessidade de uma maior definição da função jornalística, diante do aumento de blogueiros na internet, que publicam notícias sem se preocupar com aspectos da profissão, como a verificação dos fatos. A UNESCO pretende organizar em novembro uma nova conferência, incluindo a sociedade civil, para discutir o o projeto.
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