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Eleições / França

Jornais comentam vitória de socialistas nas eleições legislativas

A vitória expressiva dos socialistas e seus aliados nas eleições legislativas francesas estampa todas as manchetes da imprensa do país nesta segunda-feira. Com maioria absoluta de cadeiras no parlamento, o Partido Socialista (PS) não precisará do apoio de ecologistas e nem da Frente de Esquerda (esquerda radical), afirmam os jornais.

O presidente François Hollande poderá contar com maioria absoluta no Parlamento para aprovar suas reformas.
O presidente François Hollande poderá contar com maioria absoluta no Parlamento para aprovar suas reformas. Reuters/Max Rossi
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O resultado das urnas é um sucesso para o presidente François Hollande, que percorreu um maratona eleitoral sem cometer nenhum erro desde as primárias socialistas, avalia o conservador Le Figaro. A paisagem política francesa foi profundamente modificada nos últimos nove meses, constata o editorialista do jornal. Na batalha eleitoral, a esquerda sai hegemônica e o partido conservador duramente derrotado. Agora que o presidente Hollande tem todos os poderes, chegou a hora de definir os meios para enfrentar a crise e tornar o país competitivo.

Para o Libération, as eleições legislativas encerraram um período eleitoral em que a França optou claramente por uma mudança e a esquerda tem um caminho livre pela frente. Mas o jornal questiona: qual será o verdadeiro programa que os socialistas têm em mente? Para o Libération, diante do compromisso assumido com os parceiros europeus de que a França vai trazer suas contas públicas de volta ao equilíbiro, chegou a hora de informar ao país o caminho, o método e os meios.

A maioria de esquerda tem um programa bem denso pela frente, avisa o diário econômico Les Echos, lembrando a reunião do G20, a futura eleição do presidente da Assembleia, decisões sobre o orçamento das regiões e da supressão de postos na função pública. O calendário é cheio de armadilhas, avalia o jornal.

O católico La Croix lembra que a esquerda domina tudo no cenário político francês: a presidência, as duas casas do Parlamento e as principais cidades com mais de 100 mil habitantes. A situação confortável traz também duas exigências, segundo o jornal. A primeira é conduzir uma política ambiciosa de ajuste do país e a segunda é evitar que essa maioria não caia na tentação da arrogância.

O comunista L'Humanité lembrou em sua manchete que o partido de extrema-direita Frente Nacional entrou na Assembleia com 2 deputados. Em editorial, o jornal diz que apesar do resultado incontestável, a vitória não significa um cheque em branco para a esquerda, como prova a abstenção recorde de cerca de 44% dos eleitores. Mas ficou claro, no entanto, que os franceses rejeitam a austeridade como meio de combater a crise e reerguer o país.

 

 

 

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