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Imprensa francesa

Governo francês decide limitar salários de dirigentes de empresas públicas

A decisão do governo francês de limitar os salários dos dirigentes das empresas públicas é o assunto em destaque de vários jornais que circulam nesta quarta-feira. Para o Libération, os patrões agora vão ter que apertar o cinto e viver sob regime já que a diferença dos salários deles deverá ser, no máximo 20 vezes maior do que a remuneração mais baixa paga ao um trabalhar da empresa.

Henri Proglio, presidente da EDF, terá um dos salários mais atingidos pelas novas medidas do governo francês, segundo o 'Libération'.
Henri Proglio, presidente da EDF, terá um dos salários mais atingidos pelas novas medidas do governo francês, segundo o 'Libération'. (Photo : AFP)
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Para exemplificar, Libération fez os cálculos do impacto da medida para os dirigentes de quatro empresas controladas pelo estado e concluiu que o salário do presidente da fornecedora de energia EDF será o mais atingido: a redução será de 68%. Dos atuais 1 milhão e 550 mil euros anuais, a remuneração de Henri Proglio vai despencar para pouco menos de 500 milhões de euros. Isso porque o menor salário anual da empresa é de cerca de 25 mil euros por ano. Em editorial, Libération defende a decisão do presidente François Hollande porque ela atinge pouquíssimos dirigentes e em tempos de crise profunda e longa, novas regras se impõem e o sacrifício vale para todos.

Para o Le Figaro, a medida, que será aplicada imediatamente segundo anunciou o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault, deve ser um grande quebra-cabeças. Uma das dificuldades apontadas pelo jornal conservador é que a fórmula pode fazer o salário do presidente da empresa ser inferior ao de muitos de seus subordinados.

O comunista L'Humanité dedica sua manchete ao alerta da central sindical CGT de que 50 mil empregos estão ameaçados na França. O documento foi baseado em projeções de vários planos de demissão de massa que estão sendo elaborados por empresas em todo o país.

Já o econômico Les Echos explica como os bancos se preparam para a saída da Grécia da zona do euro, um assunto que deixou de ser tabu. Os bancos e empresas de seguro mobilizam suas equipes para calcular o impacto deste cenário cada vez mais provável. O problema agora é avaliar os riscos de um contágio para outros países e embora ninguém assuma publicamente, uma explosão de toda a zona do euro está sendo avaliada e estudada, afirma o Les Echos.
 

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