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Imprensa francesa

Governo francês não vai conseguir evitar demissões em massa no país, diz jornal

Uma onda de demissões em massa deve atingir a economia francesa nos próximos meses e o governo socialista terá pouca margem de manobra para evitar a redução de pessoal prevista por muitas empresas, afirma o jornal Aujourd'hui en France desta terça-feira. Baseado em dados fornecidos por sindicatos, o jornal informa que os setores bancário, automobilístico, de telecomunicações, e transportes, entre outros, preparam planos de demissão que podem afetar mais de 50 mil trabalhadores.

Jornais franceses desta terça-feira afirmam que François Hollande não conseguirá evitar demissões em massa no país.
Jornais franceses desta terça-feira afirmam que François Hollande não conseguirá evitar demissões em massa no país. REUTERS/Philippe Wojazer
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Diante da violência da crise, o presidente François Hollande terá dificuldades para limitar a perda de empregos embora tenha anunciado uma série de medidas para dificultar as demissões. A intervenção do estado na indústria voltou, escreve o Aujourd' hui en France, ao mencionar decisões que o governo pretende adotar como aumentar os custos das indenizações aos trabalhadores para as empresas que distribuem dividendos aos seus acionistas. Outra medida seria privilegiar a venda de uma fábrica a um investidor interessado, ao invés de simplesmente fechá-la. Para o jornal, as propostas estão em estudo mas serão difíceis de serem aplicadas.

O econômico Les Echos explica porque a rede social Facebook fracassou na sua entrada na bolsa de valores. O valor das ações caiu 11% no segundo dia de cotação como reflexo das dúvidas sobre o nível excessivo de valorização da empresa, dos problemas técnicos da Nasdaq e da tática secreta usada pelo banco Morgan Stanley que precisou gastar muito dinheiro para manter a cotação do título, escreve o Les Echos.

Le Figaro critica duramente a proposta do ministério francês de Justiça de suprimir um tribunal encarregado de julgar adolescentes reincidentes entre 16 e 18 anos, criado durante o mandato do ex-presidente Nicolas Sarkozy. Os jovens delinquentes que podiam pegar até três anos de prisão agora voltarão a ser julgados pela vara da infância. A ministra Christiane Taubira vê esses delinquentes de 16 anos ainda como crianças vítimas da sociedade e não como responsáveis pelos seus atos, ironiza o jornal conservador.

Libération dedica sua manchete a outro tema da justiça francesa, desta vez sobre o assédio sexual. A lei foi anulada pelo Conselho Constitucional por ser considerada muito vaga e agora o governo tem pressa em adotar um novo texto para que o delito volte a aparecer no código penal francês, escreve o Libé.
 

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