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Crise/Grécia

Em eleições, Grécia decide permanência na zona do euro

Nesta sexta-feira, a Grécia inicia novas campanhas eleitorais para as eleições legislativas de 17 de junho, imersa nos rumores de sua eventual saída da zona do euro. Este segundo pleito em dois meses aumenta o clima de incerteza política no país e deixa os mercados e principais credores (União Europeia, Banco Central Europeu e FMI) com os nervos à flor da pele.

Membros do governo interino grego, encarregado de organizar as eleições legislativas, fazem juramento, em 17 de maio de 2012
Membros do governo interino grego, encarregado de organizar as eleições legislativas, fazem juramento, em 17 de maio de 2012 REUTERS/John Kolesidis
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Os títulos da dívida pública grega vem despencando sistematicamente, bem como suas cotações das agências de notação financeira. Na quinta-feira, a americana Fitch rebaixou as notas de longo prazo da dívida grega de B- para CCC, citando um alto risco de saída do país da zona do euro. Isso tudo fez com que, novamente, as bolsas europeias operassem em baixa: Paris caía 0,99%, Londres 0,82%, Frankfurt, 0,77% e Madri, 0,15%.

Desde as eleições de 6 de maio, o país não conseguiu formar um governo de coalizão e teve de convocar novas eleições. Enquanto não se realizam as eleições, o Fundo Monetário Internacional suspendeu as conversas com o país, já que o governo interino que prepara as eleições não tem poder de decisão. Para agravar a situação, um dos principais cotados a vencer as próximas eleições é o partido de extrema-esquerda Syriza, que é abertamente contrário às medidas de austeridade fiscal impostas ao país. E o não-cumprimento das regras de rigor fiscal impostas em 2010 deve complicar (e muito) a permanência da Grécia na Zona do Euro.

Pela última pesquisa, realizada pelo Instituto Marc e publicada nesta sexta-feira pelo jornal conservador Elefthéros Typos, o Syriza tem 21% das intenções de voto e polariza a disputa com o partido direitista Nova Democracia (23,1%), defensor da austeridade. O socialista Pasok aparece em terceiro, com 13,2% da preferência do eleitorado.

Então, o que está em jogo na Grécia não é apenas uma opção pela esquerda ou pela direita, mas também o cumprimento ou não das medidas de austeridade e, consequentemente, o futuro do país dentro da região. Em outras palavras, as eleições legislativas na Grécia se tornaram, praticamente, um referendo sobre a permanência ou não do país na Zona do Euro.

 

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