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Imprensa elogia ministério renovado de François Hollande

Os jornais desta quinta-feira, 17 de maio, feriado da Ascensão na França, destacam em manchete a composição do novo governo francês. A imprensa é unânime em afirmar que a equipe de 34 ministros, 17 homens e 17 mulheres, representa uma renovação da elite política francesa.

Capa dos principais jornais franceses
Capa dos principais jornais franceses A. de Freitas
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O progressista Libération estampa em primeira página os rostos das 17 mulheres nomeadas ministras do governo do premiê Jean-Marc Ayrault. "Igualdade", diz em letras garrafais o título de capa. Ayrault respeitou a paridade e todas as correntes do Partido Socialista foram contempladas na composição da equipe, formando um leque que vai da ala mais conservadora à mais radical do partido. O Libé elogia François Hollande pelas escolhas que revelam, na opinião do jornal, uma verdadeira renovação das elites políticas do país. A primeira qualidade a se destacar no hollandismo é o equilíbrio, escreve o Libération.

O jornal Aujourd'hui en France viu surpresas nas nomeações, como a ministra da Ecologia e Energia Nicole Bricq, especialista em finanças e sem experiência na área. Mas o jornal aprova globalmente a nova equipe: ela é paritária, renovada e tem as cores da diversidade que hoje caracterizam a sociedade francesa. Os ministros das Relações Exteriores, Laurent Fabius, e das Finanças, Pierre Moscovici, são considerados sociais-democratas competentes e capazes de enfrentar a crise na zona do euro, tanto no plano diplomático como econômico.

Aujourd'hui en France também destaca a chegada de quatro ministras da faixa etária de 30 anos, uma verdadeira bomba de oxigênio num sistema político enferrujado. Aurélie Filippetti, 38 anos, cuidará da Cultura. Najat Vallaud-Belkacem, 34 anos, marroquina que imigrou para a França com 10 anos, é a nova porta-voz do governo e ministra dos Direitos da Mulher. Delphine Batho, 39 anos, ex-líder estudantil, será vice-ministra da Justiça. Fleur Pellerin, 39 anos, uma sul-coreana abandonada nas ruas de Seul por seus pais biológicos, e adotada por um casal de franceses, é a nova ministra da Economia Digital. As quatro representantes da nova geração têm currículo universitário brilhante. São cérebros da nova geração que Hollande promoteu promover em seu mandato. 

O diário conservador Le Figaro, um jornal que daqui para a frente fará oposição e críticas ao governo Hollande, destacou em manchete o que considera a primeira crise na cúpula socialista: o divórcio entre Martine Aubry, secretário-geral do PS, e o presidente da República. Preterida por Hollande, a socialista que os franceses queriam ver na chefia do governo, segundo pesquisas, se recusou a participar do ministério. Hollande e Aubry nunca tiveram boas relações. Foi ela que deu o maior argumento de campanha para Nicolas Sarkozy ao dizer que Hollande era "frouxo".

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