Jornais comentam Festa do Trabalho com caráter político
Devido ao feriado do Dia do Trabalho os jornais franceses não têm novas edições nesta terça-feira. Mas a imprensa continua cobrindo os acontecimentos por meio de seus sites na Internet. E a grande notícia de hoje é a Festa do Trabalho, dominada este ano pela campanha política para o segundo turno das eleições presidenciais.
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A edição desta terça-feira do jornal Le Monde, que está nas bancas desde ontem, indica que os líderes sindicais enfrentam hoje um grande desafio: preservar o caráter sindical da Festa do Trabalho diante das diferentes manifestações políticas organizadas ao mesmo tempo em Paris a apenas cinco dias do segundo turno da eleição presidencial francesa.
O diário enfatiza que a situação é ainda mais delicada porque três das principais centrais sindicais do país recomendaram a seus membros que votem contra o atual presidente Nicolas Sarkozy, candidato à reeleição.
Em seu site, o jornal Le Parisien deu destaque nesta manhã à entrevista de Jean-François Copé à rádio francesa Europe 1. O secretário-geral da UMP, União por um Movimento Popular, o partido de Sarkozy, disse que o debate entre os dois candidatos, marcado para a noite desta quarta-feira, vai obrigar François Hollande "a sair do seu esconderijo".
Para Copé, o candidato socialista "vai ter que responder a questões com um sim ou um não e parar de se comportar como uma enguia, dizendo a cada pessoa o que ela quer ouvir". Ele nega que o comício de Sarkozy nesta terça-feira seja uma provocação aos sindicatos.
"Esquerda, direita, Frente Nacional: uma França dividida em três", diz a matéria principal publicada nesta manhã na página da revista semanal L'Express.
"Enquanto os sindicatos, a UMP e a Frente Nacional vão dividir as ruas de Paris, para esse 1° de maio diferente dos outros, é uma nação igualmente dividida que se prepara para escolher seu presidente. Pois a Frente Nacional fez irrupção no duelo habitual entre a esquerda e a direita, sendo ao mesmo tempo árbitro de uma eleição e sintoma de um mal que ultrapassa a crise. Será que o vencedor do dia 6 de maio vai mostrar a via do convívio social?", interroga a revista.
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