Acessar o conteúdo principal
Imprensa

Na reta final, desemprego na França vira tema de campanha

A praticamente uma semana do segundo turno da eleição presidencial, o problema do desemprego entrou no centro da campanha e é um dos principais destaques da imprensa nesta manhã. O assunto vinha sendo negligenciado na campanha, afirma a imprensa.

Desempregados em guichês da agência de emprego estatal francesa Pôle Emploi.
Desempregados em guichês da agência de emprego estatal francesa Pôle Emploi. (Photo : Reuters)
Publicidade

O diário econômico Les Echos avalia, já na primeira página, que taxa de desemprego na França continua a subir a passos largos. No mês de março, em relação a fevereiro, houve uma alta de 0,6%. Esse foi o décimo primeiro mês consecutivo que registrou uma elevação no número de desempregados. E esse mal-estar social foi visto nas urnas, escreve o jornal. Entre os desempregados, 30% votaram no socialista François Hollande no primeiro turno e 26% e na candidata de extrema-direita Marine Le Pen. O candidato da extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon aparece em terceiro e o presidente Nicolas Sarkozy ficou apenas na quarta posição com 12% dos votos.

O católico La Croix afirma que quem quer que vença o segundo turno vai ter que enfrentar o problema do desemprego. Nicolas Sarkozy, que havia prometido fazer a taxa de desemprego na França cair para 5% no começo do mandato, não se arrisca mais a dar números precisos. Seu programa de campanha contra o desemprego é centrado, essencialmente, na qualificação profissional. Já o socialista Hollande promete a geração de 500 mil postos de trabalho para jovens, contando com um crescimento mais vigoroso da economia francesa. Apesar das boas intenções, para o jornal as propostas não devem ser eficazes a curto prazo.

O jornal conservador Le Figaro também destaca que o número de 2,9 milhões de desempregados na França é o mais alto desde setembro de 1999. O próximo presidente, diz o jornal, começará seu mandado com prognósticos bastante sombrios. Mesmo sendo uma das principais preocupações dos franceses, o assunto praticamente não foi abordado nessa campanha presidencial, critica o jornal.

O futuro presidente também deve se deparar com uma eventual onda de planos de demissão voluntária a serem lançados por emrpesas em dificuldade. Tradicionalmente, esse tipo de assunto polêmico não é mencionado pelas grandes empresas em período eleitoral, mas é uma bomba que pode estourar nos primeiros meses do mandato do próximo presidente francês.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.