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Síria/Violência

Paris quer mais 300 observadores da ONU na Síria

O chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé, afirmou que seriam necessários pelo menos 300 ou 400 observadores da ONU para cobrir toda a Síria. Ele lamentou que a Rússia “continue a se fechar em seu isolamento” sobre o tema. O chanceler recebe nesta quinta-feira, em Paris, quinze Ministros de Relações Exteriores ocidentais e árabes para uma reunião sobre a Síria.

O ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, durante conferência internacional sobre a Síria, em Paris, na terça-feira.
O ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, durante conferência internacional sobre a Síria, em Paris, na terça-feira. REUTERS/Gonzalo Fuentes
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“Eu convidei pessoalmente Serguei Lavrov para a reunião. Eu lamento que a Rússia continue a se fechar numa visão que isola cada vez mais, não somente o mundo árabe, mas a comunidade internacional”, declarou ele para jornalistas em uma coletiva de imprensa esta manhã, na Associação da imprensa estrangeira.

Ministros de Relações Exteriores ocidentais e árabes, entre eles a americana Hillary Clinton, são esperados nesta quinta-feira no final da tarde em Paris para uma reunião destinada a manter a pressão sobre o regime de Bashar al Assad. O cessar fogo que entrou em vigor de 12 de abril não foi respeitado.

A Rússia e a China foram convidadas para esta reunião, mas elas recusaram, segundo informação o ministério de Relações Exteriores.

A reunião deve abordar questões humanitárias, assim como a continuação do envio de observadores da ONU, que são atualmente 30.

“Será que podemos continuar a enviar uma força de observadores que seja eficaz, numerosa, bem equipada, robusta e com meios para se deslocar no território?”, questionou Alain Juppé.

Segundo o ministro, são necessários pelo menos 300 a 400 observadores para cobrir o país

“Outro objetivo é, se isto não for possível em certo prazo, pensar em outras medidas, iniciativas, necessárias para parar este massacre”, disse. “Existe um verdadeiro drama humanitário hoje na Síria”, lembrou Juppé.

O chefe da diplomacia francesa lamentou uma vez mais que Damasco não tenha cumprido seus compromissos. “O cessar fogo não está sendo respeitado”, disse ele.

Mas a “oposição ainda tem progressos a fazer “antes que o grupo dos amigos da Síria “faça um passo suplementar”, sublinhou Juppé em referência a um eventual reconhecimento do Conselho Nacional Sírio (CNS), como interlocutor único e legítimo da comunidade internacional.

“O risco de guerra civil é grande”, sublinhou Juppé, por isso a questão do envio de armas para a oposição ainda não está em pauta.
 

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