Campanha francesa e debate na TV dominam as manchetes

A 18 dias do primeiro turno da eleição presidencial na França, os jornais dedicam sua manchetes à campanha. O diário econômico Les Echos constata, no entanto, que os franceses estão menos interessados nesta votação do que em 2007. Tudo por conta da crise. Os candidatos não têm margem de manobra para fazer promessas custosas ao eleitorado, devido à má situação das contas públicas do país.

Capa desta quarta-feira do jornal francês progressista Libération.

Os temas emergentes da campanha são a competitividade francesa, os déficits e a polêmica questão do protecionismo, segundo Les Echos, nada que gere grande entusiasmo entre os eleitores. Em compensação, temas que tiveram destaque nas eleições anteriores, como a situação social nos subúrbios, as políticas de proteção do meio ambiente e o poder de compra dos franceses, foram esquecidos pelos atuais candidatos.

Libération convoca seus leitores e os eleitores franceses a ligar a televisão para assistir os três debates que deverão ser organizados antes do primeiro turno no dia 22 de abril. A legislação eleitoral complica a organização de debates, por exigir que todos os candidatos tenham o mesmo tempo de exposição na mídia. Resultado: os principais concorrentes à eleição presidencial não querem debater com os nanicos.

O diário conservador Le Figaro, defensor do balanço de governo de Sarkozy, dedica sua manchete à questão da segurança pública e à promessa do presidente de perseguir islamitas radicais.