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Imprensa francesa indignada com os crimes extremistas em Toulouse

Os jornais franceses de hoje estampam em suas capas a comoção provocada pelo ataque à escola judaica de Toulouse. O Libération chegou às bancas com a capa preta, em sinal de luto, onde se leem os nomes das três crianças, de 4,5 e 7 anos, do rabino e dos três militares mortos pelo serial-killer de Toulouse.

Em sinal de luto, o jornal Libération publica os nomes das sete pessoas assassinadas pelo atirador de Toulouse.
Em sinal de luto, o jornal Libération publica os nomes das sete pessoas assassinadas pelo atirador de Toulouse. DR
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Em editorial, o Libération alerta a classe política a não utilizar esse drama nacional na campanha presidencial. Todos os franceses têm o dever de ser dignos nesse momento de dor e, sem exageros ou manipulação política, expressar sua solidariedade às comunidades judaica e militar atingidas pela tragédia, recomenda o Libération.

O diário comunista L'Humanité não tem dúvidas de que se trata de um atirador racista, que deixa o país de luto em plena campanha presidencial.

O católico La Croix se pergunta o que pode passar pelo espírito de um homem para que ele mate com uma determinação fria e calculada um pai de família e três crianças, ainda mais dentro de uma escola. Que ódio habita este homem, questiona o La Croix, esperando que a polícia consiga elucidar o caso e trazer essas respostas. De toda forma, o crime chocou o mundo, escreve o jornal, dos Estados Unidos à Noruega, as reações são de incompreensão.

O jornal Le Parisien publica o relato de testemunhas que presenciaram a matança na escola judaica. Um professor amigo do rabino morto conta que cobriu o corpo do colega com seu casaco para evitar que as crianças sobreviventes vissem aquela imagem chocante. Ele conta que a ação durou apenas 5 minutos. Vários alunos e adultos que oravam na sinagoga da escola saíram aturdidos ao ouvir os disparos; outros tentaram se esconder. O depoimento mais chocante é o de uma deputada da região, que viu o vídeo da câmera de segurança da escola, e conta que o atirador pegou a menina de 7 anos, filha do diretor, pelos cabelos e atirou contra a cabeça da criança.

Como diz a manchete do Le Figaro sobre uma imagem resgistrada na porta da escola, exibindo alunos aos prantos e traumatizados, a França está horrorizada com esse drama.

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