Acessar o conteúdo principal
DSK/ Escândalo

Strauss-Kahn deixa prisão e deve ser indiciado em março

O ex-diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn foi liberado na noite desta quarta-feira, após ter sido mantido por quase 48 heures horas em custódia na delegacia de Lille, no Norte da França, onde foi interrogado no “caso do Hotel Carlton”. Ele deve ser convocado novamente pela Justiça no fim de março.

Cercado pela polícia e por jornalistas, o carro de Dominique Strauss Kahn chega à delegacia de Lille na terça-feira (21).
Cercado pela polícia e por jornalistas, o carro de Dominique Strauss Kahn chega à delegacia de Lille na terça-feira (21). REUTERS/Pascal Rossignol
Publicidade

O ex diretor-geral do FMI deve ser ouvido novamente no dia 28 de março, quando será indiciado. Também existia a possibilidade dele ser ouvido como testemunha 'assistida', uma condição intermediária entre a de simples testemunha e a de réu. 

Nesta quarta-feira, pouco depois de Strauss-Kahn deixar a delegacia, a advogada do ex-diretor do FMI, Fréderique Baulieu, declarou que seu cliente estava “totalmente satisfeito de ter sido ouvido em condições de grande tranquilidade”. Segundo ela, DSK respondeu às perguntas dos investigadores de maneira serena.

Strauss Kahn foi convocado na terça-feira de manhã para ser interrogado sobre “envolvimento em rede de prostituição organizada” e “ocultamento de abuso de bens sociais”. De acordo com as investigações, ele teria usado bens corporativos da empresa de construção Eiffage para o pagamento de festas sexuais em hotéis, das quais participavam prostitutas.

Ele teve que responder sobre sua participação em festas libertinas, em Paris e Washington. Ainda que usar o serviço de prostitutas não seja crime na França, DSK pode ser indiciado se a investigação concluir que ele sabia que as mulheres que participavam das festas eram prostitutas e que dinheiro da empresa era usado para pagá-las.

Testemunhas do caso afirmaram que várias viagens de mulheres foram organizadas e financiadas por dois empresários do norte da França, Fabrice Paszkowski, diretor de uma empresa de equipamentos médicos, e David Roquet, ex-diretor de uma filial do grupo de obras públicas Eiffage.

O ex-diretor do FMI também foi interrogado pelo IGPN, a Inspeção Geral da Polícia Nacional francesa, sobre suas ligações com o comissário Jean-Christophe Lagarde, chefe de Segurança do departamento do Norte, suspenso de suas funções, que também está sendo interrogado como suspeito neste caso.

Audiência na Justiça civil do caso Nafissatou Diallo acontece em março

Depois de ser inocentado pela justiça americana co caso Nafissatou Diallo, o ex diretor-geral do FMI enfrenta sua primeira audiência no processo civil no dia 15 de março em Nova York, segundo o Tribunal. Ele será ouvido às 19h (GMT). A camareira do hotel Sofitel acusa Strauss-Kahn de tentativa de estupro, processo que o levou a deixar o cargo no FMI e abandonar as ambições de candidatura às eleições presidenciais francesas. Em 2011, Strauss-Kahn era apontado como o favorito nas pesquisas.

 

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.