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União Europeia/Economia

Moody’s rebaixa nota e perspectivas de 9 países europeus

A agência de classificação de risco Moody's rebaixou nesta segunda-feira à noite as notas das dívidas públicas da Espanha, Itália, Eslováquia, Eslovênia, de Portugal e Malta, e colocou em perspectiva negativa as notas de economias importantes como a França, Grã-Bretanha e a Áustria. A Moody's justificou sua decisão pelas incertezas que pesam sobre a conjuntura econômica e o fraco crescimento da zona do euro e também pelas dificuldades dos países em reduzir seus déficits públicos.

REUTERS/Mike Segar
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No caso da França, a agência manteve a nota máxima Aaa mas a perspectiva passou de estável para negativa. O anúncio é feito exatamente um mês após outra agência de classificação de riscos, a Standard ans Poor's ter rebaixado a nota máxima da França que perdeu o triplo A e passou para AA+.

Assim como sua concorrente, a Moody's considera que a os números da dívida pública francesa continuam a piorar e o governo tem que enfrentar "riscos significativos" para para atingir os objetivos de redução de seus gastos.

“Estes poderiam ainda se complicar ainda mais pela necessidade de recorrer outros países europeus em dificuldades ou de seu próprios sistema financeiro”, escreveu a Moody’ em seu anúncio.
O ministro francês da Economia, François Baroin se limitou a dizer que o toma conhecimento da decisão da Moody's.

Em comunicado, ele afirma que o governo francês trabalha “ a serviço do crescimento e da competitividade do país principalmente com reformas do financiamento do sistema de proteção social, do emprego e da redução dos déficits públicos”. Para o ministério francês da Economia, a política do governo “se insere em um contexto e em um método de longo prazo”. O Palácio do Eliseu não reagiu imediatamente ao anúncio.

Nesta semana o governo apresenta na Assembleia Nacional um projeto de lei que tem como principal medida um aumento do IVA - Imposto de Valor Agregado -, o correspondente ao ICMS no Brasil, para financiar o sistema de proteção social do país. A medida é constestada pela oposição e pelos sindicatos.

Outros países

A Moody’s também fez uma revisão da nota e perspectivas de outros 8 países da União Europeia, entre eles a Grã-Bretanha e Itália. Para o ministro britânico das Finanças, George Osborne, o anúncio da Moody's "prova, no contexto atual, que a Grã-Bretanha não pode renunciar a abordar a questão de sua dívida.

A Agência indicou o rebaixamento em um nível das notas da Itália e Malta que passaram a “A3” , e de Portugal que passou a “Ba3”, e da Eslováquia e da Eslovênia que passaram a ter o “A2”.

No caso da Espanha, a punição foi mais severa com a queda de dois níveis. O país agora exibe a nota “A3”.

Outro fator evocado pela Moody’s para rebaixar as notas dos países são as perspectivas para a economia europeia “cada vez mais medíocres” o que representa uma “ameaça para a adoção dos planos de austeridade e das reformas estruturais para promover a competitividade”.

Para a Agência, esses fatores vão contribuir para afetar ainda mais a confiança já bastante frágil dos mercados em relação à Europa. No mesmo comunicado, a Moody’s diz considerar apropriado manter a nota máxima de “Aaa” aos seguintes países: Alemanha, Dinamarca, Finlândia, Luxemburgo, Holanda e Suécia.
 

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