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Les Echos publica relato crítico sobre a organização da Copa do Mundo no Brasil

A imprensa francesa informa de forma neutra o desabamento de três edifícios no centro histórico do Rio de Janeiro. No espaço dedicado às notas internacionais, os jornais explicam que as razões da tragédia ainda são desconhecidas. O que mais chama a atenção da imprensa é o atraso nas obras da Copa do Mundo de 2014. 

O secretário-geral da FIFA, Jerôme Valcke, segura uma caipirinha durante coletiva de imprensa sobre os preparativos para a Copa de 2014, em Brasília.
O secretário-geral da FIFA, Jerôme Valcke, segura uma caipirinha durante coletiva de imprensa sobre os preparativos para a Copa de 2014, em Brasília. REUTERS/Ueslei Marcelino
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Os jornais de hoje dão destaque ao sucesso dos preparativos para os Jogos Olímpicos de Londres. A exatos seis meses da abertura das Olimpíadas, os equipamentos esportivos estão todos prontos na capital britânica. O diário econômico Les Echos diz que só falta o espectador chegar, já que até as plantas, os bares e restaurantes já estão no lugar.

Em compensação, escreve Les Echos, no Brasil as autoridades penam para cumprir o calendário de obras da Copa. O país pentacampeão do mundo é bom de bola, mas em matéria de organização é outra história, sublinha o jornal, comentando a visita do secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, ao país na semana passada. Com base no que Jerôme Valcke viu, Les Echos relata que tudo está por fazer no Brasil. "A construção dos estádios novos de São Paulo e Salvador demorou para começar. Em Fortaleza, as obras avançaram um pouco. Já em Natal, a situação é crítica."

Tudo isso sem falar nos problemas de infraestrutura que quase ninguém acredita serão resolvidos, prevê o jornal. O Brasil é um país de dimensão continental sem transporte ferroviário, com um trânsito infernal e aeroportos saturados. Como os espectadores da Copa vão se deslocar de uma cidade para outra nessas condições, questiona o Les Echos.

Sobre a questão da segurança pública, o diário francês conta em tom de piada a proposta de desarmamento apresentada à Fifa. A ideia de dar aos brasileiros que entregarem suas armas ingressos para a Copa do Mundo é uma tolice desconcertante. Como disse o secretário da Fifa ao Les Echos, "existem tantas armas circulando no Brasil que nunca haveria ingressos suficientes para realizar essa operação".

Les Echos afirma que o mundo terá de esperar até o dia do jogo inaugural, no dia 13 de junho de 2014, em São Paulo, para ver o que o Brasil deu conta de fazer. Uma realidade bem diferente dos seis meses de avanço dos Jogos Olímpicos de Londres.

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