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Imprensa

Premiê húngaro dá golpe na democracia, diz Libération

A nova Constituição que entrou em vigor na Hungria na segunda-feira - e que levou milhares de pessoas às ruas de Budapeste para protestar contra as medidas antidemocráticas - é duramente criticada pelo jornal Libération que circula nesta quarta-feira. Ao limitar os poderes da justiça e da imprensa, o primeiro-ministro Viktor Orbán deu um golpe na democracia do país, na opinião do jornal francês.

Cartaz com a foto do premiê húngaro Viktor Orban é empunhado por multidão durante protestos contra o governo em Budapeste, em foto do dia 23 de dezembro de 2011.
Cartaz com a foto do premiê húngaro Viktor Orban é empunhado por multidão durante protestos contra o governo em Budapeste, em foto do dia 23 de dezembro de 2011. REUTERS/Laszlo Balogh
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Golpes baixos de Budapeste, escreve em título o Libération para denunciar as medidas autoritárias inscritas na nova constituição húngara. Em um ano e meio de mandato, o premiê Orbán já obteve a aprovação de mais de 200 leis, a maioria para fortalecer seu poder.

Aos 48 anos, o líder da direita conservadora criou a estrutura de um regime autoritário, escreve o Libération. Além de tirar o nome República da Constituição, Orbán conseguiu com sua maioria no parlamento adotar medidas que impedem instituições independentes do poder executivo. Para o jornal, os vizinhos europeus não conseguiram impor seus valores e a União Europeia se rendeu a um silêncio covarde.

O conservador Le Figaro trouxe em sua manchete principal as conclusões de um relatório da Agência Francesa de Segurança Nuclear, elaborado para avaliar os riscos das centrais nucleares do país após o acidente de Fukushima no Japão. O parque nuclear francês não tem falhas mas obras avaliadas em € 10 bilhões serão necessárias para garantir a segurança do setor.

O comunista L'Humanité volta a bater na tecla de uma proposta lançada pelos comunistas e partidos da esquerda radical e que ganhou força com a postura defendida também pelo ex-ministro das Finanças da França, Michel Rocard: a de que o Banco Central Europeu financie os estados da zona do euro. Um novo papel para o BCE se tornou inevitável, diz o jornal.

Já o diário econômico Les Echos informa que devido ao fenômeno La Niña, que levou a seca ao sul do Brasil e à Argentina, o preço do milho já subiu 11,5% e o da soja 9%. Um consultor ouvido pelo jornal diz que a pergunta que os investidores se fazem todos os dias é: vai chover na América do Sul? Isso porque cada dia de seca aumenta a queda na produção que repercute nos preços dos produtos.
 

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