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Imprensa

Guerra de palavras entre França e Reino Unido preocupa europeus

A troca de farpas entre autoridades francesas e britânicas nos últimos dias preocupa os vizinhos no continente, principalmente Bruxelas, que se esforça em garantir uma unidade à União Europeia. "A crise do euro faz uma nova vítima", afirma o jornal Le Figaro deste sábado, se referindo às relações estremecidas entre a França e o Reino Unido.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o premiê britânico, David Cameron.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o premiê britânico, David Cameron. Reuters/Benoit Tessier
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Após a decisão do governo de David Cameron, no último dia 9, de vetar as mudanças nos tratados da União Europeia, se negando a participar de uma disciplina orçamentária mais rigorosa, a França não deixou por menos e tratou de criticar a postura britânica. Le Figaro conta que, nesta sexta-feira, o ministro francês das Finanças, François Baroin, provocou o Reino Unido ao dizer que o país deve perder sua nota AAA, cotada pelas agências de notação, antes que os franceses. Ele colocou ainda mais lenha na fogueira ao afirmar que "a situação econômica no Reino Unido é muito preocupante neste momento, e que era melhor ser francês do que britânico, em termos econômicos".

O vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, reagiu dizendo que as críticas de François Baroin são "inaceitáveis" e que ele deveria "baixar o tom". Políticos em Bruxelas ouvidos por Le Figaro dizem que a guerra de palavras representa uma "distração inútil" diante da urgência de decisões políticas e econômicas na Europa para conter a crise.

Le Monde anuncia que as novas negociações sobre a reforma do tratado europeu devem começar na próxima terça-feira e que não será fácil. O objetivo é que o texto seja assinado no início de março. Para evitar atrasos, o tratado poderá entrar em vigor com a ratificação de 9 dos 17 países da zona do euro.

No debate interno na França, o Libération pergunta em sua manchete: "Qual dos candidatos às eleições presidenciais francesas do ano que vem vai tirar mais vantagem da recessão no país?". O jornal diz que Sarkozy, Bayrou, Hollande, Mélenchon, Joly e Le Pen deverão ser muito cautelosos ao abordar o assunto para não perder votos.

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