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Imprensa

Libération revela telefonemas que aumentam as suspeitas de complô contra Strauss-Kahn

A tese do complô no escândalo sexual que arruinou a carreira política de Dominique Strauss-Kahn, defendida pelo jornalista americano Edward Jay Epstein, do New York Review of Books, e por Michel Taubmann, biógrafo de Strauss-Kahn, ganha novos elementos com revelações do jornal Libération.

Libération revela telefonemas que aumentam as suspeitas de complô contra Strauss-Kahn
Libération revela telefonemas que aumentam as suspeitas de complô contra Strauss-Kahn Reuters/Mike Theiler
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As televisões francesas exibem desde ontem as imagens das câmeras de vídeo do hotel Sofitel, em Nova York, no dia em que o ex-diretor do FMI foi acusado de estupro pela camareira guineana Nafissatou Diallo.

Nas imagens feitas no dia 14 de maio, dois funcionários do hotel aparecem dançando de alegria depois de a polícia levar a camareira para prestar queixa na delegacia. O comportamento estranho dos empregados do Sofitel, que pertence ao grupo francês Accor, alimenta a tese do complô contra Strauss-Kahn.

Hoje, o jornal Libération joga mais lenha na fogueira ao revelar que no dia seguinte à detenção, um domingo, funcionários do governo francês dos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores telefonaram para o escritório do promotor de Nova York, Cyrus Vance Jr., para fornecer informações detalhadas sobre os problemas de Strauss-Kahn com a escritora Tristane Banon, que também tentou incriminá-lo sem sucesso por tentativa de estupro, e as suspeitas de ligação de Strauss-Kahn com uma rede de prostituição do norte da França, caso investigado atualmente pela justiça.

Esses telefonemas, segundo Libération, levaram por água abaixo um acordo fechado mais cedo pelos advogados de Strauss-Kahn, no qual a promotoria concedia a libertação imediata do então diretor do FMI mediante o pagamento de uma fiança de 250 mil dólares. Por causa dessa reviravolta, Strauss-Kahn foi levado para a penitenciária de Rikers Island.

Libération diz ter tomado conhecimento dos supostos telefonemas do governo francês por três fontes diferentes. O jornal afirma que se essas informações forem confirmadas, elas seriam explosivas, pois comprovariam uma intervenção francesa muito rápida, destinada a aumentar o peso das acusações contra Strauss-Kahn. Os funcionários do governo responsáveis pela articulação desmentem categoricamente as suspeitas.

Procurado pelo Libération, o promotor de Nova York, Cyrus Vince Jr., informou por meio de sua assessoria que não queria comentar o caso. O Libé acha que o promotor de Nova York deveria divulgar o relatório completo de sua decisão de abandonar as queixas criminais contra Strauss-Kahn, publicado parcialmente no dia 22 de agosto. O Libé diz que o relatório completo tem 70 páginas, mas a promotoria só divulgou 25 páginas até agora.

 

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