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Crise/União Europeia

Anúncio de saída de Berlusconi não tranquiliza mercados

A instabilidade nas bolsas europeias nesta quinta-feira mostra que o anúncio de que o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, vai deixar o poder não foi suficiente para tranquilizar os mercados financeiros. Nesta manhã, Berlusconi demonstrou apoio ao ex-comissário europeu Mario Monti, apontado como o favorito para sucedê-lo no cargo. A notícia animou o pregão de Milão, que havia aberto em baixa e depois recuperou-se com alta de 3%.

Bolsas europeias operam instáveis nesta quinta-feira.
Bolsas europeias operam instáveis nesta quinta-feira. REUTERS/Remote/Kirill Iordansky
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O dia difícil nas bolsas já era esperado, depois que os Estados Unidos encerraram ontem o pregão com mais de 3% de quedas e as transações asiáticas também terem registrado fortes prejuízos hoje.

Em meio à turbulência, o governo italiano vai emitir obrigações no mercado, o que significará um verdadeiro teste da estabilidade econômica do país. Ontem, a taxa de juros prevista para esta operação havia ultrapassado pela primeira vez os 7%, sinal de que os temores de contágio da crise econômica grega para a Itália assustam os investidores.

A instabilidade na Itália e na Grécia preocupa também o Fundo Monetário Internacional. A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, pediu, nessa quinta-feira, em Pequim, mais transparência nas políticas dos dois países para favorecer a estabilidade financeira. Lagarde está na China para uma visita de dois dias. Ela também afirmou que a missão de observação da economia da Itália, confiada ao FMI pela União Européia, é crucial. A data do primeiro monitoramento ainda não foi determinada.

Na Grécia, a situação segue indefinida, já que o país encontra-se hoje oficialmente sem governo, após a partida do premiê George Papandreou. Os dirigentes dos três principais partidos gregos se encontram nesta manhã, em Atenas, para designar o nome do novo governante. O futuro primeiro-ministro vai dirigir um governo de coalizão encarregado de ratificar o plano de ajuda financeira da União Europeia ao país.

Crise na Europa poderia afetar economia americana

A agência de classificação de riscos Moody's alertou ontem que a economia americana poderia ser afetada por um choque financeiro parecido com o que aconteceu após a falência do Lehman Brothers, caso a crise da dívida na zona do euro atingir economias importantes do bloco, como a italiana.

Em outras palavras, o contágio da crise teria consequências para o sistema financeiro mundial, teme a agência. A Moody's esclareceu que essa possibilidade é remota e disse que mantém a previsão de crescimento de 1,5% a 2,5% da economia americana.
 

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