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Imprensa

Negociações para salvar o euro são destaque nos jornais

A crise das dívidas soberanas que atinge com força a zona do euro e os esforços para salvar a moeda única ocupam as primeiras páginas dos diários franceses desta quinta-feira, 20 de outubro.  

Le Figaro destaca a viagem de urgência de Sarkozy a Frankfurt para tentar resolver divergências entre os dois países com a chanceler Angela Merkel.
Le Figaro destaca a viagem de urgência de Sarkozy a Frankfurt para tentar resolver divergências entre os dois países com a chanceler Angela Merkel. REUTERS/Fabrizio Bensch
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Para o conservador Le Figaro, a cúpula de líderes europeus deste domingo será a última oportunidade para se salvar o euro. O jornal relata que Nicolas Sarkoy fez ontem um viagem de urgência a Frankfurt para se reunir com Angela Merkel e tentar resolver as divergências entre França e Alemanha antes da reunião de domingo. A questão mais importante, que é o papel que o Banco Central Europeu deve ou não ter no financiamento da dívida soberana, em apoio ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, continua em suspenso. A França é a favor, mesmo que isso signifique modificar os tratados que regulam a zona do euro. A Alemanha sempre foi contra e defende a ortodoxia financeira e a independência do Banco Central Europeu. Le Figaro afirma que no final das contas é provavelmente uma possível crise na Itália de Silvio Berlusconi, terceira potência da zona do euro, que oferece o maior risco para a moeda comum.

"Os revoltados da austeridade", diz a manchete de Libération, que enfatiza o aspecto social da crise do euro com uma grande reportagem sobre as manifestações de ontem na Grécia, que reuniram milhares de pessoas contra o novo plano de austeridade exigido pelos credores do país. Em editorial, o diário progressista afirma que "a Europa e o euro têm que ser salvos. Mas esse salvamento não pode ser feito sem os cidadãos, que não querem ser os únicos sacrificados. Se a crise é sistêmica, é o conjunto do sistema financeiro que deve prestar contas. E não somente os desempregados de Tessalônica."

Les Echos estima que "a tensão chegou ao máximo e a pressão é intensa a poucos dias da cúpula europeia que deve trazer, domingo, se não a solução, ao menos uma resposta global e coerente à crise da zona do euro". O diário econômico aponta cinco desafios que os países europeus deverão enfrentar: o financiamento da Grécia, a recapitalização dos bancos, o reforço do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, a forma de governo econômico da zona do euro e as medidas para relançar o crescimento econômico.

"O que pode fazer a Europa avançar", diz a manchete do jornal católico La Croix, que analisa as opções para fazer com que a zona do euro supere a crise das dívidas soberanas. Já o comunista L'Humanité afirma que os dirigentes europeus estão prestes a capitular diante dos mercados financeiros.

Os jornais de hoje também dedicam um grande espaço ao anúncio da morte de Marie Dedieu, a francesa sequestrada no Kenya há três semanas por um grupo armado somalis. Tetraplégica e vítima de câncer, ela teria morrido devido à falta de medicamentos, segundo informações do ministério francês das Relações Exteriores. Outro assunto que mereceu destaque foi o nascimento da filha do presidente Nicolas Sarkozy e de Carla Bruni, ontem em Paris.

 

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