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Brasil/Turquia

Dilma deve debater com premiê turco posição sobre a Síria

A presidente Dilma Rousseff iniciou hoje sua agenda oficial na Turquia. Ela se reúne na tarde dessa sexta-feira com o presidente turco, Abdullah Gul. Entre os temas tratados durante a visita está a relação com os países do mundo árabe e com as revoltas na Síria.

Dilma Rousseff em visita à Grabovo, na Bulgária, quinta-feira (06/10)
Dilma Rousseff em visita à Grabovo, na Bulgária, quinta-feira (06/10) REUTERS
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A presidente Dilma Rousseff iniciou na manhã de hoje a última etapa de seu giro pela Europa. Em visita a Ancara, na Turquia, ela depositou flores no mausoléu de Mustafa Ataturk, o grande líder histórico turco. Em seguida, ela participou do encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Turquia, onde falou para 1.200 empresários.

Em seu discurso, Dilma afirmou que os dois países são afetados pelas “políticas monetárias expansionistas” dos países desenvolvidos. “É uma espécie de guerra fiscal que compromete o valor dos nossos produtos”, protestou. Dilma também sugeriu uma parceria com a Turquia e os países emergentes do G-20 para que o tema seja uma das prioridades dos debates. “A Turquia e o Brasil podem contribuir para a reforma do sistema financeiro internacional”, argumentou. “No G-20 de Cannes, Brasil e Turquia devem pressionar por resultados concretos.” Depois de participar do Fórum, Dilma se reuniu com o presidente turco Abdullah Gul.

Apesar da ênfase em economia, o grande tema da pauta bilateral é a relação com o mundo árabe e as revoltas na Síria. Sobre este assunto, as divergências entre os dois países são claras. A Turquia manifesta grande apoio diplomático aos revoltosos, que contestam o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad. Já o Brasil tem postura inversa e se absteve nesta semana quando o Conselho de Segurança da ONU apreciou – e rejeitou – uma resolução que condenava a violência contra os manifestantes. Mais de 2.500 pessoas já morreram em atos de repressão contra os revoltosos.

Segundo o secretário especial de relações internacionais do Brasil, Marco Aurélio Garcia, Dilma Rousseff está aberta a ouvir os argumentos da diplomacia turca.

Em maio do ano passado, Brasil e Turquia adotaram um plano de ação para parceria estratégica, em vários setores cruciais, entre eles energia e defesa, que tem estreitado a cooperação entre os dois países. No plano político, Brasil e Turquia têm muito a ganhar se aliando nos fóruns internacionais.

Os dois países têm forte potencial de crescimento e influência em suas regiões, e compartilham as mesmas reivindicações: a defesa do multilateralismo, a busca de soluções diplomáticas para as tensões internacionais e uma maior representatividade nos órgãos de governança global.

No final da tarde, a presidente parte para Istambul onde deve encontrar, no sábado de manhã, o primeiro ministro turco Recep Tayyip Erdogan.

Com a colaboração de Andrei Netto, enviado especial do Estado de São Paulo à Ancara.
 

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