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Imprensa vê alto risco em debate dos pré-candidatos socialistas às presidenciais francesas

O primeiro de uma série de três debates na tevê entre os seis pré-candidatos do Partido Socialista às presidenciais do ano que vem domina as manchetes de hoje.  

Reuters/Stéphane Mahé
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Chegou a hora da verdade para François Hollande, Martine Aubry, Ségolène Royal, Arnaud Montebourg, Manuel Valls e o desconhecido Jean-Michel Baylet, escreve o jornal Aujourd'hui en France, lembrando que as primárias do PS são inéditas na história política da França e foram calcadas no modelo americano. No passado, o PS já realizou eleições internas, mas apenas os militantes do partido escolhiam seu candidato. A partir deste ano, as primárias socialistas são abertas a todo o eleitorado e acontecem em dois turnos, nos dias 9 e 16 de outubro.

O diário Le Parisien acha que os socialistas podem ser prejudicados pelo escândalo sexual de Dominique Strauss-Kahn e também pela crise financeira na zona do euro, e vê três perigos na votação. Se a participação for baixa, a campanha socialista começará mal. Segundo perigo: se o debate for marcado por acusações violentas entre os pré-candidatos, fica difícil consolidar a posição do vencedor e a união dos adversários em torno dele. Por fim, Aujourd'hui en France considera que se houver um problema técnico ou suspeita de fraude no processo de seleção, a legitimidade do venceder ficará comprometida.

O jornal Libération evoca o perigo das pesquisas de intenção de voto. Na avaliação do Libé, já foram publicadas tantas pesquisas nos últimos meses que parece que o resultado da votação já está definido, e seria em favor de François Hollande. O jornal lembra que pelo fato de serem eleições inéditas, é impossível, mesmo para os institutos de pesquisa, designar o socialista mais popular. A maior incógnita é o número de votantes. Em 2006, 250 mil militantes votaram. E se este ano forem 500 mil ou 4 milhões? Uma sondagem recente do Libération mostrou que 60% dos franceses não estão interessados nessas eleições internas do Partido Socialista. Os institutos de pesquisa reconhecem que a margem de erro é grande.

O jornal La Croix traz um perfil e o projeto de cada um dos seis pré-candidatos socialistas. Na opinião do La Croix, os três concorrentes com maiores chances, François Hollande, Martine Aubry e Segolène Royal, defendem o mesmo programa, e nenhum brilha em particular, o que é um mal começo de campanha.

Les Echos publica uma sondagem do instituto CSA em que François Hollande e Martine Aubry aparecem de longe como os vencedores do duelo. O mesmo instituto aponta nova queda de popularidade do presidente Sarkozy. Apenas 33% dos franceses confiam no atual chefe de Estado, um recuo de 3 pontos em relação ao levantamento anterior.
 

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