Retorno de Strauss-Kahn à França neste domingo recebe destaque na imprensa
Le Figaro tenta antecipar o que Dominique Strauss-Kahn fará quando descer do avião: o ex-diretor do FMI, liberado das acusações de crimes sexuais em Nova York, vai dar entrevistas e explicar aos franceses o que de fato aconteceu entre ele e a camareira Nafissatou Diallo ou vai evitar a imprensa?
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Para o jornal, os assessores de comunicação de Strauss-Kahn previram tudo nos mínimos detalhes. Um deles afirma ao jornal que DSK tem obrigação de dar satisfações aos franceses. Mas Le Figaro acha mais provável que o socialista se manterá discreto nos primeiros dias, em contato apenas com seus filhos e parentes próximos, para mostrar que apesar do escândalo ele é um homem de bem e sua família continua unida.
Enquanto não falar, Strauss-Kahn não terá sossego e será perseguido dia e noite por uma multidão de fotógrafos, nota Le Figaro, lembrando que a legislação francesa de proteção à vida privada é muito mais rígida do que a americana, o que deve dar um alívio a Strauss-Kahn.
Tanto no Partido Socialista quanto entre amigos próximos a percepção é de que DSK é carta fora do baralho no plano político, principalmente porque ele ainda é alvo de outro inquérito por tentativa de estupro, segundo alega a ex-jornalista e escritora Tristane Banon. Nas próximas semanas, o Ministério Público francês deverá decidir se aceita a denúncia de Banon ou se arquiva o caso.
Para dar uma ideia do clima pestilento que aguarda DSK em Paris, Le Figaro relata que a mãe de Banon, Anne Mansouret, que também afirmou ter mantido uma relação sexual "violenta" com Strauss-Kahn, tem dito que amigos dele bloquearam sua conta no Facebook para evitar que ela continuasse a fazer comentários pejorativos sobre "o chimpanzé", como DSK é "carinhosamente" chamado por seus detratores.
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