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Escuta telefônica ilegal contra jornalistas revolta a imprensa francesa

Há suspeita de que o governo francês tenha grampeado jornalistas do Le Monde para proteger o presidente Nicolas Sarkozy de uma denúncia de financiamento ilegal de sua campanha eleitoral em 2007.

Capa dos principais jornais franceses
Capa dos principais jornais franceses A. de Freitas
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A escuta telefônica ilegal visando dois jornalistas franceses que investigavam o caso Bettencourt, e seu desdobramento sobre um suposto financiamento ilegal da campanha do presidente Nicolas Sarkozy, ocupa a manchete principal do Libération desta sexta-feira. O jornal chama de mentirosos os três homens do governo, entre eles o atual ministro do Interior, Claude Guéant, que negaram ter ordenado o grampo, apesar de todas as evidências que os tornam suspeitos.

O Libération explica em detalhes o que levou outro jornal francês, o Le Monde, a entrar com uma ação na justiça para investigar a escuta clandestina feita em um de seus repórteres. Ficou comprovado que de maneira ilegal, a polícia pediu a uma operadora de telefonia quebrar o sigilo do jornalista um dia após a publicação de um artigo com revelações embaraçosas para o ex-ministro das Finanças, Eric Woerth.

Em editorial, o Libération diz que essa contra-espionagem foi ordenada pelo alto escalão do governo e dos serviços de informação para inibir o trabalho dos jornalistas e evitar as consequências explosivas para toda a base política do governo.

Líbia: "um cheiro de petróleo planou sobre a conferência de Paris"

O Le Figaro dedica sua manchete principal à conferência que reuniu ontem em Paris representantes de 63 países amigos da Líbia. O jornal revela que um avião francês trouxe à capital francesa o presidente e o primeiro-ministro do Conselho Nacional de Transição, o órgão representativo dos rebeldes líbios. O diário conservador afirma que além do desbloqueio de 15 bilhões de dólares para ajudar o país a se levantar, a reunião de ontem mostrou a preocupação dos líderes mundiais de não repetir os erros cometidos no Iraque e no Afeganistão.

O jornal econômico Les Echos escreve que a comunidade internacional se mostrou unida, apesar das muitas incertezas sobre o futuro da nova Líbia. O artigo começa com declaração de um diplomata ocidental de "que o pior está por vir" na Líbia, em referência às dificuldades para reconstruir o país.

O comunista L'Humanité ressalta que a França concluiu sim um acordo com os rebeldes para ficar com 35% de todo o petróleo da Líbia pós-Kadafi, apesar do governo Sarkozy negar a notícia revelada pela imprensa. Por isso, escolheu como título da reportagem: " um cheiro de petróleo planou sobre a conferência de Paris".

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