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Mercados venceram queda de braço econômico com os governos

Os jornais franceses desta terça-feira dedicam suas manchetes e várias páginas para tentar explicar as razões da queda violenta das principais bolsas de valores em todo o mundo e entender o cenário catastrófico que se desenha para a economia mundial.

Capa do jornal Libération lembra que "Não há férias para a crise".
Capa do jornal Libération lembra que "Não há férias para a crise". www.liberation.fr
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“A punição dos mercados”, dá em título o Les Echos. Para o diário econômico, as bolsas tiveram uma segunda-feira negra apesar de toda a mobilização ocidental. A decisão do Banco Central Europeu de comprar títulos de países da zona do euro levou aos mercados uma calma bem precária, escreve o jornal, lembrando a queda entre 4 e 5 das principais bolsas. Nos Estados Unidos, os partidos políticos continuam a briga para saber quem é o responsável pela degradação da nota americana e preocupam os economistas que temem uma recessão, afirma o Les Echos.

Para o jornal Le Figaro, na queda de braço entre governos e mercados, esses últimos saíram vencedores ontem, mesmo se que não houve o tão temido "crash", como muitos acreditavam. Para o jornal, os investidores demonstram muita preocupação também com as tensões políticas na Europa e o impacto de medidas duras para conter o déficit sobre a atividade econômica em muitos países.

Em pleno mês de agosto, quando as pessoas mais viajam na Europa, o Libération alerta, em tom de ironia, que a crise não tira férias. Em entrevista ao Libé, Keneth Rogoff, ex-economista-chefe do FMI, afirmou que a primeira coisa a fazer é admitir que as dívidas acumuladas nunca serão pagas. Para a Europa, Rogoff não exclui a saída de alguns países da zona do euro para voltarem a ser competitivos e sugere que a França e sobretudo a Alemanha assumam algumas dívidas de seus parceiros para salvar a moeda única europeia.

O católico La Croix dá exemplos de como as dificuldades no setor financeiro repercutem na chamada economia real. O jornal começa explicando que os governos precisam tomar medidas drásticas para acalmar os mercados, o que significa cortar gastos para diminuir o rombo nas contas públicas. No caso da França, para trazer o déficit a 3% do PIB até 2014 uma alta de impostos não está descartada, cita o jornal.
 

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