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Crise/Grécia

Mercados reagem bem a anúncio de segundo plano de ajuda à Grécia

As bolsas asiáticas fecharam em alta e as europeias iniciaram o pregão com 0,49% positivos em Londres, 0,25% em Frankfurt e 0,95% em Paris. O euro também voltou a se valorizar face ao dólar, com câmbio acima dos 1,44 para a moeda europeia.

Países da zona euro chegam a um acordo sobre empréstimo de 158 bilhões de euros para salvar a Grécia
Países da zona euro chegam a um acordo sobre empréstimo de 158 bilhões de euros para salvar a Grécia Reuters/Yiorgos Karahalis
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Na noite de ontem, após mais de 10 horas de negociações, em Bruxelas, as lideranças dos 17 países que adotam o euro chegaram a um acordo sobre um empréstimo que vai chegar a 158 bilhões de euros, mais de 350 bilhões de reais.

O salvamento visa a barrar o contágio da crise grega para outros países da zona euro, além de tentar evitar um calote da Grécia, afundada em 350 bilhões de euros em dívida, mais de 780 bilhões de reais. Conforme o primeiro-ministro grego, George Papandreou, a ajuda vai proporcionar a redução de 7,5% da dívida grega até 2014.

O plano vai contar com a colaboração dos bancos e seguradoras, o principal ponto que levantava polêmica nos últimos dias. O Banco Central Europeu, que era declaradamente oposto a esta opção, acabou cedendo à pressão de países como a Alemanha e a França, defensores da colaboração do setor privado. A maior fatia do empréstimo, entretanto, vai ficar sob a responsabilidade da zona euro, que vai recomprar títulos da dívida grega, e do Fundo Monetário Internacional.

Nesta manhã, os ministros da Economia francês, François Baroin, e alemão, Philipp Roesler, saudaram o pacote, qualificado por Baroin como histórico. Ele acha que o acordo traz respostas "profundas, poderosas e duráveis" ao problema da Grécia. De sua parte, Roesler disse que a recompra da dívida grega pelo fundo europeu será "estritamente regrada".

Apesar do acordo, ainda é um mistério se a Grécia vai conseguir honrar seus compromissos financeiros. A extensão dos prazos de vencimento de parte da dívida poderá ser encarada como um calote parcial, o que só aumenta a especulação financeira em cima do país. O plano alivia, pelo menos por enquanto, as tensões do mercado, mas não afasta os temores sobre o futuro da zona euro.
 

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