Caso das escutas ilegais provoca demissão do chefe da Scotland Yard
Paul Stephenson, o chefe da Scotland Yard, a Polícia Metropolitana de Londres, anunciou sua demissão neste domingo. Ele vinha sendo criticado por sua atitude diante do escândalo das escutas telefônicas ilegais. A renúncia acontece no mesmo dia em que Rebekah Brooks, ex-diretora geral do grupo New Corp no país, foi presa. Conhecida como "a rainha dos tablóides", ela era a editora do jornal News of the World entre 2000 e 2003.
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O chefe da Scotland Yard anunciou sua demissão durante uma entrevista coletiva transmitida ao vivo pela televisão. Paul Stephenson disse que tomou essa decisão “por causa das especulações e das acusações de ligação entre a Polícia Metropolitana de Londres e os dirigentes da News International, principalmente com Neil Wallis”, o ex-editor adjunto News of the World, jornal do grupo Murdoch no centro do escândalo das escutas ilegais.
A Scotland Yard, que foi criticada por ter entravado as investigações sobre o caso, admitiu durante a semana ter recrutado Wallis como consultor em relações públicas quando o jornalista deixou News of the World. Wallis foi preso na quinta-feira, acusado de conspiração e interceptação de comunicações.
A renúncia de Paul Stephenson acontece no mesmo dia da prisão de Rebekah Brooks, a ex-diretora do grupo Murdoch na Grã-Bretanha. Conhecida como "a rainha dos tablóides", a ex-diretora geral do grupo News Corp. foi a editora do jornal News of the World entre 2000 e 2003, época em que o jornal teria grampeado telefones de celebridades, políticos e até de vítimas de assassinatos.
Na próxima terça-feira, Rebekah Brooks, Rupert Murdoch e James, o filho do milionário, devem se apresentar à comissão parlamentar da Cultura, Mídias e Esporte. Eles vão responder às perguntas dos deputados britânicos sobre as acusações de grampos telefônicos.
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