Referendo popular no Marrocos decide reforma constitucional
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Termina nesta quinta-feira a campanha a favor da reforma constitucional proposta pelo rei Mohammed VI, do Marrocos, que aumenta os poderes do Parlamento. O referendo popular marcado para esta sexta-feira tem por objetivo enfraquecer o movimento de contestação no país, iniciado em fevereiro, que pede mais democracia e o fim da corrupção no país. Se for adotada pela população, a nova constituição prevê, entre outras medidas, que o primeiro-ministro, chefe de governo, tenha o poder de dissolver a câmara baixa do parlamento, uma prerrogativa reservada, até agora, ao rei. As competências do Parlamento também passam das nove atuais para 30. A nova carta magna ainda estipula igualdade civil e social para homens e mulheres, além da política, já citada atualmente e representa um avanço para o país, mas não transforma o Marrocos em uma democracia, como nos explica Nizar Messari professor de relações internacionais da Universidade Al Akhawayn, em Ifrane, no Marrocos.