Presidente sírio é um assassino, diz imprensa francesa

A violenta repressão do governo da Síria aos opositores do país voltou às manchetes da imprensa francesa nesta quarta-feira. O jornal Libération estampa uma foto da imagem do presidente sírio sendo queimada com o título: Assad, o assassino. Segundo o jornal, apesar da repressão sangrenta, a contestação continua e enfraquece cada vez mais o regime de Damasco.

Manchete do jornal francês Libération: "Assad o assassino" liberation.fr

O governo tenta desestabilizar a oposição para justificar uma repressão cada vez mais violenta e atroz que não poupa nem as crianças, escreve o Libé, citando o caso de torturas em meninos de 12 anos que tiveram seus dentes e unhas arrancados só para aterrorizar seus pais.

O presidente Assad está levando seu país ao caos, afirma em título o conservador Le Figaro. Os moradores estão fugindo de Jisr al-Choughour, na região noroeste do país com medo de um massacre, escreve o jornal relatando a morte de 120 homens das forças leais ao regime.

O governo acusa grupos armados, mas para a população, trata-se de um acerto de contas dentro das próprias forças de segurança que começam a criar fissuras no aparelho repressivo, afirma o Le Figaro. Enquanto os confrontos se multiplicam, a França quer que o Conselho de Segurança da ONU adote uma resolução de condenação à repressão, diz o jornal.

O econômico Les Echos traz uma reportagem especial sobre o trabalho de reconstrução das regiões do Japão atingidas há quase três meses por um violento terremoto seguido de tsunami. O jornal constatou que o país continua sua lenta recuperação das áreas devastatadas e a questão da energia nuclear continua dividindo a opinião de muitos moradores que vivem nas proximidades da central de Fukushima que registra um nível de radiotividade duas vezes maior que o anunciado.

Sob o ponto de vista industrial, o Les Echos constatou que montadoras de carros empresas de alta tecnologia estão investindo em novos modelos de gestão para compensar as perdas do mercado interno. Reviver após o apocalipse é o título da reportagem.